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Homicídios caem, mas sensação de insegurança continua. Entenda

Os números divulgados pelo governo do estado nesta segunda-feira, dia 1, mostram uma redução recorde no número de homicídios

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ES encerra novembro com menor número de homícidios nos últimos 25 anos. Foto: Agência Brasil

O número de homicídios foi recorde no ES no primeiro semestre do ano.
Foto: Agência Brasil

Nesta segunda-feira (1), o governo do estado divulgou números positivos em relação à segurança pública no Espírito Santo. Pelo levantamento, o número de homicídios no primeiro semestre é o menor já registrado na série histórica desde que começou a ser contabilizado em 28 anos. Mas apesar disso, a sensação de insegurança é cada vez mais comum nas ruas. E como explicar essa situação?

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A delegada e especialista em segurança pública, Gracimeri Gaviorno, explica que o reflexo para esse medo está ligado aos crimes contra o patrimônio e não às mortes violentas causadas por armas de fogo, feminicídios ou violência sexual.  

Ela acredita que a aproximação das forças de segurança com as comunidades poderia aumentar a sensação de segurança, já que assim as pessoas teriam mais conhecimento sobre as ações policiais para evitar a ação da criminalidade. “Essa aproximação vem com a participação em conselhos de segurança e estabelecendo prioridades”, pontuou. 

A delegada destacou que os homicídios, em sua maioria, acontecem principalmente em regiões vulneráveis e que vivem em conflito com tráfico de drogas. No entanto, a sensação de insegurança não escolhe classe social, já que atinge a população de forma geral, do trabalhador, que tem medo de ser roubado no ponto de ônibus, ao comerciante, que teme ser alvo de assaltos. 

“O crime patrimonial tem uma série de nuances e, conforme o recorte, vamos encontrá-lo em diferentes locais. O que vai modificar é o tipo de perigo. Se for roubo no transporte coletivo atinge um grupo específico. Se for roubo de carro, outro grupo”. 

Gracimeri reconhece que, apesar da redução no número de mortes violentas, existe muito trabalho pela frente. “Nós comemoramos as vidas que são salvas. No entanto, infelizmente o tráfico é o que mais mata não apenas no Espírito Santo, mas também no Brasil, infelizmente. Mas esse resultado é reflexo do investimento que tem sido feito principalmente nas regiões mais vulneráveis”. 

Dados sobre homicídios

O Espírito Santo encerrou o primeiro semestre de 2024 com o melhor resultado em termos de homicídios nos últimos 28 anos, desde o início da contagem oficial. Foram registrados 433 assassinatos, uma redução de 15,8% em relação ao ano passado. Os números foram divulgados pelo governador Renato Casagrande (PSB).

Em junho, o estado teve o menor número de homicídios em um único mês desde 1996, com 41 registros. O recorde anterior era de junho de 2019, com 59 assassinatos. Todas as cinco regiões do estado apresentaram queda nas mortes violentas no primeiro semestre deste ano.

Na Região Metropolitana, a redução foi de 8,9%, também alcançando o menor número de homicídios desde 1996. No Norte, a queda foi de 25,9%. As regiões Sul, Noroeste e Serrana registraram reduções de 13%, 16% e 35,5%, respectivamente. O governador Renato Casagrande afirmou que, apesar dos bons resultados, ainda há muito trabalho pela frente.


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