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Grávida atingida por pedaço de poste em Vila Velha passa por cirurgia

Clesiane de Fátima Viana, de 34 anos, sofreu um afundamento de crânio que provocou uma pressão no cérebro, afetando a coordenação motora

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Mulher atingida por fragmento de poste na orla de Itaparica, em Vila Velha. Foto: Reprodução

Mulher atingida por fragmento de poste na orla de Itaparica, em Vila Velha. Foto: Reprodução

A grávida que foi atingida na cabeça por um pedaço de concreto que se desprendeu de um poste em Vila Velha entrou na sala de cirurgia na tarde desta segunda-feira (4), por volta das 15 horas. A empresária Clesiane de Fátima Viana, de 34 anos, sofreu um afundamento de crânio que provocou uma pressão no cérebro, afetando a coordenação motora.

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“Caiu uma pedra de cerca de três quilos na cabeça dela, que provocou um afundamento de crânio com fratura exposta. Vários pedacinhos de ossos estão provocando uma pressão que resultaram em uma sensibilidade motora, ela não estava conseguindo andar, sequer ficar de pé sozinha. A cirurgia é para corrigir o que precisa”, o empresário João Paulo Martinez.

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Após o acidente, Clesiane foi socorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros e encaminhada para atendimento no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória. Ainda no final da tarde, ela teve alta e foi para casa.

Em desabafo, João Paulo conta que a esposa foi levada para o Hospital São Lucas. “Eu fui liberado para vê-la por volta das 15 horas e ela já estava com liberação. Eu questionei o médico se ela havia contado a gravidade do acidente e que ela estava com sensibilidade nas pernas, se seria melhor fazer uma ressonância. E ele disse que não, que aquele era o procedimento”.

Clesiane foi levada para casa. Enquanto tomava banho, desmaiou e voltou a consciência minutos depois. João Paulo a levou para o Hospital Meridional. Lá foi feita uma ressonância que apontou a gravidade do quadro. Por volta das 10h30, desta segunda-feira, a Unimed Vitória informou que a cirurgia foi autorizada.

O Hospital Estadual de Urgência e Emergência (São Lucas) informou que a paciente foi recebida, atendida e liberada, uma vez que a causa principal para o atendimento, o trauma, foi averiguado pelas equipes de cirurgia geral e neurocirurgia.

O hospital disse ainda que não dispõe de médicos obstetras responsáveis por atender gestantes, de forma que a paciente foi liberada após a solução da queixa principal. A paciente não apresentava nenhum déficit neurológico no momento da internação e submetê-la a um exame de imagem poderia apresentar riscos ao bebê. Por isso, foi orientada a retornar caso novos sintomas aparecessem.

COMO OCORREU O ACIDENTE

O acidente aconteceu no início da tarde deste domingo (3), na Praia de Itaparica. Grávida de 23 semanas, a mulher e o marido pararam próximo ao poste para procurar uma mesa em um dos quiosques, quando um pedaço de concreto caiu na cabeça dela. Clesiane teve um grave ferimento e perdeu muito sangue.

“Minha primeira reação foi achar que alguém tinha jogado uma pedra na cabeça dela. Mas vieram muitas pessoas ajudar e socorrer, eles me mostraram que havia caído do poste. Ela perdeu muito sangue. Ligamos para diversas ambulância e para o Samu. Eu achei que demorou muito para o socorro chegar, uns 20 minutos ou mais”, comentou João Paulo, o esposo da vítima.

Após o acidente, Clesiane de Fátima Viana foi socorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros e encaminhada para atendimento no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória. Ainda no final da tarde, ela teve alta e foi para casa.

João Paulo e Clesiane estão juntos há quatro anos. Ela está grávida do primeiro filho do casal, o Henrique. Eles são de Cachoeiro de Itapemirim, mas se mudaram para a Grande Vitória em busca de qualidade de vida e para morar próximo do mar.

O QUE DIZ A PREFEITURA

A Prefeitura de Vila Velha informa que está em contato permanente com a família da empresária e que está acompanhando os procedimentos aos quais ela está sendo submetida. Nesse momento, o desejo é que ela se recupere e volte para casa o quanto antes, fora de risco, para ela e para o bebê.

Dois engenheiros do CREA-ES fazendo vistoria em um poste da orla da Praia de Itaparica, em Vila Velha.

CREA-ES faz vistoria em postes da orla de Vila Velha. Foto: Divulgação

Sobre a estrutura do poste, a prefeitura reforça que a iluminação da cidade, em áreas públicas comuns, como a orla, é de responsabilidade do consórcio SRE IP Vila Velha, fruto de uma PPP (Parceria Público Privada) vigente desde 2020, pelo prazo de 20 anos.

“Desde maio de 2022, o consórcio de empresas vem recebendo notificações da prefeitura apontando a necessidade urgente de substituição de diferentes postes, contendo relatórios fotográficos, incluindo o que atingiu a empresária. A última notificação ocorreu em 23 de novembro deste ano, sem resposta. Nesta segunda-feira (4) o consórcio foi novamente notificado”, escreveu a prefeitura.

Ainda de acordo com a prefeitura, por obrigação contratual (item 4.2.1.2), o consórcio deve manter a estrutura dos postes segura, o que não aconteceu. Por isso, o consórcio de empresas acumula multas que superam o valor de milhões. Outra cláusula, prevê pagamento de seguro, em caso de acidente, por parte do consórcio.

A Prefeitura de Vila Velha continua exercendo o papel de fiscalizador do contrato e não descarta novas multas por descumprimento das cláusulas contratuais por ineficiência no serviço prestado e omissão de informações e socorro à vítima.


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