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“Falta uma liderança clara”, diz Hartung sobre eleições 2022

Em entrevista à Veja, o capixaba também falou sobre conversas com vários nomes cogitados para liderar a terceira via

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'Tempo para alternativa está longe', diz o ex governador do Espírito Santo, Paulo Hartung. Foto: Chico Guedes

Paulo Hartung fala sobre eleições presidenciais. Foto: Chico Guedes

Diante da polarização entre o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro na disputa pelo Planalto nas eleições de 2022, o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung defende a consolidação de uma linha política moderada, que segundo ele não ocorreu por falta de liderança clara. A afirmação de Hartung foi feita em entrevista às páginas amarelas da revista Veja, onde ele também falou sobre conversas com vários nomes cogitados para liderar a terceira via, como o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro, Luciano Huck e também o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

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Para Hartung, a polarização empobrece o debate político no país e torna mais difícil a população enxergar onde estão os desafios e as oportunidades. “Estamos em uma sociedade em acelerada transformação por causa do impacto das novas tecnologias e precisamos ter um capital humano qualificado. São discussões que precisamos ter, mas a polarização esconde isso, fica nos ataques pessoais”, afirmou à revista.

Sobre os nomes cotados para a terceira via, Hartung considera que ainda dá tempo de se estabelecerem até as convenções partidárias de abril. Segundo ele, o importante no momento é que os nomes se coloquem e destaca que os líderes nunca fazem coisas sozinhos, mas sempre contando com bons times e treinamento.

Hartung considera que a prioridade do momento é o Brasil ter um líder responsável, sem visão de curto prazo e que quando entre no governo não olhe para as próximas eleições e sim para o potencial do país.

“Por que Bolsonaro precipitou o debate eleitoral? Normalmente, o presidente segura o processo, para poder governar. Estamos num processo eleitoral que nem sabemos dizer quando começou”, disse Hartung, sobre reeleição e polarização política atual no país.

O ex-governador do Espírito Santo também falou sobre as conversas que tem tido com vários nomes cotados ao Planalto. “Há uma troca de conhecimentos. Acho importante que pontes sejam construídas para ali na frente ter mais facilidade para uma convergência. Em um momento como esse não dá para entrar fragmentado. Precisamos de uma candidatura única. E isso só se consegue através de conversa”, finaliza.