ES investiga fraude de R$ 600 milhões em esquema de pirâmide

A polícia civil informou que está investigando a fraude. Foto: Divulgação (PCES)

A Polícia Civil está investigando uma denúncia de um suposto esquema de fraude no valor de R$ 600 milhões e que teria participação de empresários, traficantes de drogas e funcionários públicos, inclusive um delegado. Todos estariam envolvidos em um esquema milionário de pirâmide financeira. 

De acordo com a denúncia, a organização criminosa é apontada em diversos crimes como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva, além de crimes ambientais e associação ao tráfico de drogas no estado. 

O sistema utilizado para a captação de recursos seria, de acordo com a denúncia protocolada também no Ministério Público do Espírito Santo (MPES), a promessa de rendimentos envolvendo o financiamento de veículos de luxo e com lucros bem acima do praticado pelo mercado. 

Os automóveis eram adquiridos pelo empresário abaixo do valor e revendidos de forma parcelada e superfaturada. Os cheques eram negociados com agiotas, gerando ainda mais lucros para o denunciado que usava uma empresa laranja para fazer a lavagem do dinheiro adquirido no esquema. 

A pirâmide começou a ruir, no entanto, quando o empresário teria deixado de pagar os cheques pré-datados e quem emitiu estaria sendo cobrado pelos compradores dos veículos. 

A quadrilha já estaria agindo no estado há cerca de três anos e comercializado cerca de 300 carros. De acordo com a denúncia, diversas vítimas já teriam registrado boletim de ocorrência. 

Em nota, a Polícia Civil informou que um inquérito policial foi instaurado na Divisão de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Diccor) para apurar o fato. As investigações e diligências estão em andamento, porém não há indício de participação de qualquer delegado nos supostos crimes. Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada.