Em entrevista, Bolsonaro chora e nega participação em fraude

Ex-presidente Jair Bolsonaro chora ao tentar se explicar sobre suposta fraude em dados de vacinação. Foto: Reprodução/YouTube

Durante uma entrevista no programa Pânico na TV, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou emocionado e chorou após uma operação de busca e apreensão em sua residência em Brasília. Bolsonaro afirmou que tem sofrido uma “pressão enorme 24 horas por dia” desde antes de assumir a presidência e que a operação “mexeu” com ele. Sua defesa informou à Polícia Federal que ele só deve prestar depoimento após o acesso completo ao processo sobre a suposta fraude de dados sobre vacinação contra a Covid-19.

Bolsonaro disse que foi bem tratado pelos policiais e se emocionou ao falar do momento em que os agentes encontraram o cartão de vacinação de sua esposa, Michelle Bolsonaro, fotografado para análise devido à suspeita de fraude. Ele confirmou que seu celular foi apreendido, mas que o aparelho não tem senha, diferentemente do que disseram informações iniciais de que os dados para acesso não tinham sido fornecidos. O celular da ex-primeira-dama Michelle não foi levado pela PF.

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Bolsonaro afirmou que ele próprio não se vacinou, mas que sua esposa tomou uma dose do imunizante da Janssen nos Estados Unidos por recomendação médica. Ele também confirmou que decidiu não imunizar sua filha mais nova, Laura, devido a um atestado médico que a dispensa de tomar a vacina.

O ex-presidente negou qualquer envolvimento na suposta fraude e disse que perguntou à sua assessoria se a vacina era exigida em suas viagens ao exterior. Ele afirmou que, em suas viagens aos Estados Unidos, nunca foi exigido o cartão vacinal. Bolsonaro ressaltou que o tratamento dispensado aos chefes de estado é diferente do cidadão comum e que tudo é acertado antecipadamente.

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