Dia a dia
Dia do Orgulho LGBTQIA+: conheça a história por trás da data
A “rebelião de Stonewall” é um um marco de resistência LGBT contra a violência policial e a luta por direitos. Conheça sua importância histórica

A sigla LGBTQIAP+ engloba orientações sexuais e identidades de gênero. Foto: Elineudo Meira/@fotografia.75
No dia 28 de junho é celebrado o Dia do Orgulho LGBTQIA+ (ou LGBTQIAPN+) em todo o mundo. E, por essa razão, é durante o mês de junho que muitas paradas e eventos acontecem, para celebrar as vitórias e reforçar as lutas da comunidade. Mas, você sabe como surgiu a data?
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> LGBTQIAP+: entenda o significado de cada letra da sigla
A escolha não foi por acaso, há muita história por trás. O período faz referência à revolta de Stonewall. Em 1969, o Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich Village, era um dos bares gays mais famosos de Nova York. Durante essa época, a homossexualidade era criminalizada em muitos estados estadunidenses, inclusive em NY.
Na madrugada do dia 28 de junho de 1969, policiais invadiram o estabelecimento – pela terceira vez naquela semana – com o pretexto de que a venda de bebida alcoólica era proibida ali. E durante a abordagem, agentes da polícia prenderam pessoas transgêneras, drag queens e drag kings, acusados de travestismo, que era ilegal em Nova York.
Mas, devido a violência, dessa vez, os frequentadores resistiram, e a partir disso, a violência irrompeu em um confronto que durou cerca de seis dias. As manifestações mobilizaram diversas pessoas em muitos pontos da cidade. Isso fez com que o debate e ativismo pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ ganhassem maior notoriedade.
Segundo muitos documentos, o evento é “considerado o início do movimento de liberação gay e um marco histórico para os movimentos de dissidência sexual”.
E após décadas, os acontecimentos no Stonewall Inn são vistos como um momento decisivo e revolucionário que eletrizou o movimento pelos direitos dos homossexuais — um movimento que garantiu o reconhecimento generalizado dos direitos civis LGBTQIAPN+ nos Estados Unidos.
E a luta para seus direitos continua até os dias atuais. A sigla, por exemplo, ganhou mais uma letra: o N, que diz respeito a pessoas não binárias.
Direitos da pessoa LGBTQIA+ no Brasil
Em São Paulo, acontece a maior Parada do Orgulho LGBTQ+ do mundo, tendo sido registrada no “Livro dos Recordes” (“Guinness Book”), quando reuniu 2,5 milhões de participantes em 2022. O evento aconteceu no dia 11 deste mês.

Orgulho LGBTQIA+: Palácio do Itamaraty é iluminado com cores da bandeira que representa diversidade. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Nesta terça-feira (27), o Governo Federal lançou um conjunto de iniciativas para promoção e defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+. Uma das medidas é o pacto com “10 compromissos para proteção de Direitos das Pessoas LGBTQIA+” firmado entre órgãos federais e empresas de aplicativos de transporte. O pacto prevê campos nos aplicativos para relatar atos de discriminação e protocolos de suporte a vítimas de LGBTfobia, além de campanhas contra conteúdos LGBTfóbicos, incitação à violência e ao discurso de ódio.
Outros lançamentos foram: cartilha com informações para enfrentar a violência contra mulheres LGBTs, selo dos Correios em homenagem ao “Orgulho LGBTQIA+”, edital do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para seleção de projeto e inclusão da comunidade trans e travesti no meio digital e chamamento para boas práticas de empregabilidade de pessoas LGBTQIA+.
*Com informações da Agência Brasil
