Dia a dia
Deputado do ES quer limitar verba para escolas de samba
O projeto foi apresentado após a escola de samba Boa Vista trazer para a avenida ala em alusão ao Movimento dos Sem Terras (MST)
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O projeto do deputado Alcântaro Filho foi motivado pelo desfile da escola de samba Boa Vista, que levou para a avenida uma ala em alusão ao MST. Foto: Divulgação
Em meio à polêmica envolvendo o desfile da escola de samba Independente de Boa Vista, de Cariacica, o deputado estadual Alcântaro Filho (Republicanos) apresentou um projeto que proíbe agremiações ou entidades carnavalescas de receber recursos públicos para exaltar movimentos ou instituições declaradas ilegais pelo Poder Judiciário.
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No último fim de semana, a Boa Vista, atual campeã do Carnaval de Vitória, fez homenagem em seu desfile ao fotógrafo Sebastião Salgado, e uma de suas alas fez alusão ao Movimento dos Sem Terra (MST).
O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio, emitiu uma nota de repúdio e anunciou a suspensão da verba destinada à escola. Mais tarde, no entanto, a prefeitura informou que não haveria corte de repasse.
A polêmica levou o deputado Alcântaro Filho a apresentar o projeto de lei 114/2025. Pela proposta, caso o recurso já tenha sido repassado e a instituição mantenha a homenagem, deverá devolver os valores aos cofres públicos com acréscimo de multas.
Além disso, a entidade ficará proibida, por até cinco anos, de receber novos recursos públicos e de participar de competições, como o carnaval promovido com dinheiro público.
“Não podemos permitir que esses organismos se infiltrem na cultura e disseminem suas doutrinas de forma disfarçada. Isso é normalizar o errado e uma clara afronta ao cidadão trabalhador. Onde já se viu usar dinheiro de impostos para exaltar quem, sob o pretexto de lutar por um direito, depreda, invade, zomba e, em muitos casos, age com violência? Aqui no Espírito Santo, não vamos pactuar com isso”, declarou o deputado.
Para virar lei, a proposta precisa passar pelas comissões da Assembleia Legislativa, ser aprovada em plenário e, por fim, sancionada pelo governador Renato Casagrande.
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