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Decisão sobre horário de verão deve sair nas próximas 24 horas

Uma pesquisa revelou que a medida divide a opinião pública: 47% dos brasileiros são contra o retorno do horário de verão

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O Ministério de Minas e Energia estuda o retorno do horário de verão. Foto: Divulgação

O horário de verão voltou à pauta e será decidido pelo Ministério de Minas e Energia nesta terça-feira (15). O ministro Alexandre Silveira se reunirá com a equipe técnica da pasta em Brasília para discutir a adoção do horário de verão no Brasil ainda este ano. Em declarações feitas na última sexta-feira (11), em Roma, Silveira enfatizou que, “se houver risco energético, a prioridade será o horário de verão”.

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Uma pesquisa recente do Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (14), revelou que a medida divide a opinião pública: 47% dos brasileiros são contra o retorno do horário de verão, enquanto a mesma proporção defende sua volta. Outros 6% dos entrevistados se mostraram indiferentes à questão. O mecanismo, que foi extinto em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, volta a ser considerado devido aos potenciais benefícios à gestão energética.

Comparando com levantamentos anteriores, a aceitação do horário de verão tem diminuído. Em setembro de 2017, 58% da população apoiava a medida; esse percentual caiu para 55% em 2021. A rejeição cresceu de 35% para 38% no mesmo período. A pesquisa foi realizada entre 7 e 8 de outubro e ouviu 2.029 pessoas em 113 municípios, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais.

Por que o governo considera o retorno do horário de verão?

O governo discute a reintrodução do horário de verão com base em estudos que indicam que a medida pode resultar em uma redução de até 2,9% na demanda máxima noturna, tanto em dias úteis quanto em finais de semana. Além disso, a adoção do horário pode levar a uma economia de até 2,5 GW no despacho térmico durante o horário de pico, o que diminuiria custos operacionais e contribuiria para a eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Silveira também destacou que a volta do horário de verão pode gerar uma economia de até R$ 400 milhões entre os meses de outubro e fevereiro. Ele mencionou que, com o pôr do sol, cerca de 20% da energia gerada sai do sistema, o que exige ajustes adicionais, especialmente em períodos críticos.

Em coletiva na quinta-feira passada, o ministro afirmou que levará a recomendação para avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outros ministérios, setores da economia e do poder Judiciário. Embora tenha descartado uma crise energética imediata, Silveira ressaltou a importância de pensar a longo prazo, com foco em 2025 e 2026, enquanto se prepara para a possibilidade do retorno do horário de verão no Brasil.


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