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Comerciante se apresenta após distribuir bilhetes com ameaças na Glória

Homem negou envolvimento no esfaqueamento e afirmou ser alvo de ameaças por denunciar traficantes na região do Polo de Moda

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Bilhete com ameaças foi encontrado em estabelecimentos do Polo de Moda da Glória antes do esfaqueamento ocorrido na tarde de segunda-feira

Bilhete com ameaças foi encontrado em estabelecimentos do Polo de Moda da Glória antes do esfaqueamento ocorrido na tarde de segunda-feira. Foto: Reprodução/Instagram

Comerciantes do Polo de Moda da Glória, em Vila Velha, onde a vendedora Carla Gobbi Fabrete, de 25 anos, foi esfaqueada na tarde desta segunda-feira (10), relataram à Guarda Municipal que bilhetes com ameaças foram espalhados por diversos estabelecimentos da região antes do incidente. No entanto, a Polícia Civil informou que, após investigação, não há ligação entre os bilhetes e o crime ocorrido.

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Segundo a Polícia Civil, um homem de 56 anos se apresentou espontaneamente à delegacia, alegando ser o responsável pela distribuição dos cartazes. O comerciante explicou que os bilhetes foram colocados em resposta às ameaças que ele tem recebido na área. Em seu depoimento, ele negou qualquer envolvimento com o esfaqueamento ocorrido no Polo da Glória.

Em entrevista à TV Sim/SBT, o homem afirmou que tem sido alvo de ameaças desde que denunciou traficantes envolvidos com “bailes” na região. “Quanto às ameaças do bilhete, os camaradas que estão ameaçando nós, não sou eu. Eu tô com medo, se eles fizerem alguma coisa, vai sobrar pra mim. Porque a gente acabou com o ‘mandela’ deles, acabou com a bagunça deles”, contou, se referindo a conflitos com traficantes locais.

O comerciante também relatou que já procurou a Polícia Civil diversas vezes para registrar boletins de ocorrência sobre as ameaças que tem sofrido, incluindo agressões físicas e disparos de arma de fogo. “Já fui várias vezes na Polícia Civil, registrei vários boletins de ocorrência. Eu tenho uns 15 boletins em casa, ameaças, bala de revólver. Chutaram meu portão esses dias, derrubaram a caixa de correio. Não deu nada até agora”, afirmou.

Apesar de ter sido o responsável pela distribuição dos bilhetes ameaçadores, o homem garantiu que não tem relação com o crime ocorrido na Glória. “Eu não sei o que aconteceu, não faço a menor ideia. Isso foi uma coincidência”, disse, ao justificar sua decisão de se apresentar à polícia para esclarecer os fatos.

Após prestar depoimento, o comerciante foi liberado pela Polícia Civil e assinou um termo circunstanciado. A investigação sobre o esfaqueamento continua, e a polícia segue apurando as circunstâncias do crime.

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