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Ataques em escolas: o que está sendo feito no país e no mundo

Crescimento de casos de violência em escolas tem exigido atenção das autoridades. Estados criam caminhos para enfrentar esse cenário

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Donos de escolas estão bravos: queriam volta das aulas em setembro. Foto: Pixabay

Antes incomuns no país, ataques em escolas têm aumentado no Brasil. Foto: Pixabay

Há doze anos, um caso chocou o país: um jovem de 23 anos invadiu a escola onde estudou em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, e produziu um massacre, matando doze alunos e cometendo suicídio em seguida. Desde esse acontecimento, a ocorrência de casos similares em diversos estados podem ser testemunhados.

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Recentemente, um novo ataque chamou atenção, onde um homem de 25 anos assassinou quatro crianças em uma creche em Blumenau (SC). Diferente de outros, segundo investigações, ele não possuía ligação com a instituição. Antes, há menos de dez dias, outro ataque, dessa vez cometido por um aluno de 13 anos, causou uma morte e deixou cinco pessoas feridas na Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro Vila Sônia, em São Paulo.

Outros episódios similares também tiveram grande repercussão no país promovidos por estudantes ou ex-alunos, como os registrados em Aracruz (ES) no ano passado e em Suzano (SP) em 2019. A ocorrência de diversos casos tem exigido atenção das autoridades e gerado preocupação. Após esses fatos, medidas foram tomadas no Espírito Santo e no país para enfrentar esse cenário.

No Espírito Santo, por exemplo, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) anunciou, nesta segunda-feira (10), a criação de um canal exclusivo no 181 de denúncia para combater massacres e ataques nas escolas. A medida faz parte do início de um plano de ações que vem sendo desenvolvido pelo Comitê de Segurança Escolar.

Ataques em escolas: PM explica viabilidade de equipamentos de segurança

 

Após o ataque em Blumenau, o governo de Santa Catarina anunciou que, em até 60 dias, todas as escolas estaduais terão ao menos um policial armado. A iniciativa será implementada em 1.053 unidades de ensino. Além de policiais militares que estão na ativa, o estado planeja chamar profissionais aposentados. Já nas creches e escolas municipais, será de responsabilidade de cada administração a decisão.

Em São Paulo, o governo também anunciou algumas medidas de segurança, entre elas a alocação de policiais dentro das escolas e a ampliação de investimento em um programa de mediação de conflitos nas unidades de ensino.

Em reação aos últimos ataques, o Rio de Janeiro anunciou a criação de um Comitê Permanente de Segurança Escolar com representantes da Segurança Pública e da Educação para atuar na prevenção às situações de violência nas escolas públicas e privadas.

“Escola segura”

Para prevenir ataques em escolas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou um canal de denúncias. Chamado de “Escola Segura”, a iniciativa é um canal exclusivo para envio de informações sobre ameaças e ataques contra escolas.

As denúncias são anônimas e podem ser feitas por meio da página Escola Segura. Esse é o primeiro resultado do grupo de trabalho interministerial lançado pelo governo na última quarta (5), após o ataque a creche em Blumenau (SC).

Medidas adotadas nos Estados Unidos

Há décadas, autoridades e especialistas estadunidenses enfrentam o desafio de impedir massacres em escolas. As tragédias costumam seguir por semanas de discussões. Um lado apela por restrições ao acesso a armas de fogo como forma de prevenção, já outro, defende aumentar ainda mais a presença de armas.

Enquanto isso, muitas escolas reforçam sua segurança com a instalação de detectores de metais, portas reforçadas, software de reconhecimento facial, coletes, mochilas e até lousas à prova de bala. Há também sistemas de controle de entrada e saída, videomonitoramento, botão de pânico, fechaduras capazes de permitir trancamento interno e funcionários exclusivamente dedicados à segurança.

Também são comuns nas escolas exercícios de simulação de tiroteios, em que alunos e professores praticam rotas de fuga e medidas como trancar portas de salas de aula com cadeiras ou mesas.