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Darlan Campos

Como construir um plano de comunicação governamental

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O plano de comunicação governamental é uma peça central em qualquer administração. Tradicionalmente, a transmissão de informações era realizada por meio de comunicados à imprensa, trocados pessoalmente entre autoridades, políticos e jornalistas.

Nos últimos vinte anos, a abordagem dos governos à informação pública mudou muito e a comunicação relacionada ao setor público tornou-se profissional e especializada, e cada vez mais estratégica.

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Hoje, os governos alocam recursos do Estado para a comunicação e uso de instituições especialmente dedicadas à preparação e divulgação de informações oficiais.

Aqueles que definem a comunicação governamental devem estar em posição de assumir funções de comunicação, mas também de análise política.

Neste artigo, Darlan Campos, diretor executivo da República Marketing Político fala sobre a importância da política de comunicação governamental ser capaz de tomar a iniciativa e definir a pauta de discussão pública por meio da mídia para que a sociedade perceba a relevância dos programas de governo e como eles se relacionam com os seus. prioridades.

É necessário criar diferenciação

Deve-se assegurar que os cidadãos identifiquem claramente as suas conquistas e distingam a atual administração das anteriores, para isso deve transmitir as suas mensagens ao povo com clareza e contundência, seja diretamente ou através de porta-vozes suficientemente preparados para comunicar as políticas do governo.

Nele está em jogo o próprio destino de um governo, portanto sua política de comunicação não pode ser improvisada.

O planejamento deve ser abrangente e responder as questões tradicionais de qualquer plano de comunicação governamental, permita programar a agenda de ações do governo. período, realizá-los de forma ordenada – mesmo antecipando situações de crise e emergência – e controlar e avaliar seus resultados.

Para isso, algumas etapas devem ser respeitadas:

1. Inicie com diagnóstico

Antes de começar a planejar qualquer tipo de comunicação, é necessário ter um diagnóstico da situação baseado na coleta, análise e avaliação de informações obtidas cientificamente sobre uma série de variáveis ​​relevantes.

No caso da comunicação governamental, devem-se levar em consideração as variáveis ​​econômicas, a percepção que os cidadãos têm do governo e os principais problemas do país, e o estado de espírito da população (por exemplo, sentimentos coletivos de insegurança ou mal-estar sobre determinados assuntos).

Em seguida, é necessário refletir sobre os pontos fortes e fracos do governante, do governo em geral, dos principais dirigentes, do partido no poder, etc.

O mesmo vale para os outros partidos da oposição, movimentos políticos, movimentos sociais, grupos de pressão ou outros poderes do Estado.

Neste último caso, também é necessário analisar qual é a posição de cada um deles perante o governo e que tipo de relação o governo gostaria de ter com eles.

2. Defina bem os objetivos de comunicação

Todas essas informações devem ser analisadas pela equipe de comunicação, em conjunto com o chefe do governo e seus principais dirigentes, a fim de definir os objetivos da estratégia de comunicação.

Os objetivos estarão relacionados com a missão do governo, sua visão dos principais problemas do país, seus valores e os de seu partido.

Todo governo deve pensar em como quer ser lembrado depois de terminado seu mandato, qual a marca que quer deixar na história.

Um governo pode querer ser lembrado por coisas diferentes, querer ser lembrado por modernizar a administração pública, por conseguir a inclusão de setores sociais marginalizados, ou por fazer seu país passar pacificamente por um período de transição depois de uma guerra, por exemplo.

Este objetivo central deve ser especificado por meio de metas e ações parciais e concretas.

O plano de comunicação abrangente deve dar sentido a todas essas ações de comunicação e ordenar os objetivos de curto e médio prazo ao objetivo final.

3. Elabore uma estratégia coerente

Uma boa estratégia de comunicação deve estar a serviço da estratégia geral do governo e buscar que a discussão política gire em torno dos temas que mais interessam ao governo.

Para cumprir sua missão de chegar ao público de forma eficaz, a estratégia de comunicação deve se basear no diagnóstico anterior, que mostra como é a situação em que o governo pretende influenciar.

A fim de realmente servir como uma ferramenta de orientação e organização para os esforços de comunicação, o ideal é que seja escrito e determine claramente quem é responsável por liderar as equipes de comunicação.

Como veremos a seguir, a estratégia deve considerar a necessidade de atingir diferentes tipos de públicos com mensagens distintas.

4. Construa a mensagem certa para o público certo

Um governo -seja de um município, um estado ou o governo nacional, deve transmitir suas mensagens a todos os cidadãos, mas deve ter em mente que quanto mais geral for sua mensagem, provavelmente será menos eficiente.

Hoje em dia as sociedades estão cada vez mais fragmentadas e nem todos os cidadãos têm as mesmas características, por isso é fundamental definir os grupos que se pretende atingir com base em dados (demográficos, geográficos, de consumo, etc.)

A definição da construção dos alvos e a elaboração das mensagens faz parte de um único processo e todas essas informações devem nos ajudar a distinguir os públicos alvo (alvos), as mensagens mais adequadas para cada um e os meios de comunicação mais adequados para cada caso.

Isso não significa que seja necessário ter mensagens diferenciadas, mas sim que a mesma mensagem geral deve chegar a cada segmento da população em sua própria língua, levando em consideração seus reais interesses, suas prioridades, suas necessidades materiais e sua percepção da realidade.

5. Crie um calendário ou cronograma de atividades

O ideal é que cada atividade de comunicação seja agendada em um calendário, com suas devidas datas de início e término, em que os responsáveis ​​por cada uma sejam identificados.

A comunicação do governo pode ser estruturada amplamente de acordo com datas importantes, como a abertura das sessões ordinárias do Congresso Nacional, a apresentação anual do orçamento ou as datas nacionais em que o governo deve falar em eventos públicos no País.

Cada setor da administração pública também pode ter seu próprio calendário, por exemplo, o Ministério da Saúde terá seu calendário com datas de lançamento de campanhas de vacinação, inaugurações de hospitais, dias mundiais de prevenção de certas doenças, etc.

6. Escolha indicadores claros para controle avaliação

Como em qualquer planejamento, devem ser incorporados indicadores que permitam avaliar o sucesso da estratégia de comunicação e comparar a situação anterior à implementação dessa estratégia com a situação atual.

Os indicadores devem permitir detectar desvios ocorridos em consequência de modificações imprevistas no ambiente ou nos públicos-alvo, para efetuar as correcções pertinentes.

Conclusão: construa o seu plano de comunicação governamental

O Plano de Comunicação Governamental é uma peça fundamental em qualquer administração. Através dele você planeja uma estratégia de comunicação de governo capaz de atingir os objetivos da administração.

Um governo municipal, estadual ou nacional que não tenha um plano de comunicação governamental bem estruturado, tende a ter grandes dificuldades de pautar seus temas na opinião pública e, principalmente, a trazer para a administração os públicos chaves de apoio da sociedade.

Não neglicencie seu plano de comunicação governamental. E se tiver alguma dificuldade, conte com a República Marketing Político para te ajudar nisso. Temo suma consultoria especializada nesse tipo de trabalho. Entre em contato conosco!


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Darlan Campos

Darlan Campos é Consultor em Marketing Político, professor, escritor e membro fundador do CAMP - Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político. Especialista em Marketing Político e Comunicação Estratégica, Diretor executivo da República Marketing Político (http://republicamarketingpolitico.com.br/). Autor de dois livros sobre a temática: ‘Nas ruas e nas redes – estratégias de marketing político’, publicado pela editora Soares/SP, lançado em 2017, e 'Marketing Político - construção de candidaturas vitpriosas', editora Lexia/SP. Atua como consultor em Marketing Político com foco em campanhas eleitorais, mandatos parlamentares ou gestão e estratégia de comunicação política em estados e municípios. Tem experiência em: marketing político e público, marketing político digital administração de crise, planejamento de comunicação, e em estratégia para mobilização de causas.

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