Coluna Vitor Vogas
Marcos do Val é candidato à presidência do Senado Federal
Ele foi o primeiro a protocolar sua candidatura, segundo informações da Agência Senado. Eleição ocorrerá no próximo sábado (1º)
O senador Marcos do Val (Podemos) é candidato à presidência do Senado. Ele foi o primeiro a protocolar a candidatura ao cargo. As informações são da Agência Senado e foram publicadas na página oficial da instituição.
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Do Val é um dos quatro candidatos à presidência do Senado, marcada para o próximo sábado (1º), na abertura do ano legislativo.
Os outros postulantes no momento são Eduardo Girão (Novo-CE), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Davi Alcolumbre (União-AP). O senador pelo Amapá, que já presidiu o Senado por um biênio (2019-2021), é considerado o favorito. Ele tem o apoio do atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Os três primeiros já formalizaram a postulação. Alcolumbre ainda não. Senadores têm até o sábado, antes da eleição, para protocolar candidatura.
No Senado, o presidente da Mesa Diretora pode se reeleger uma vez, mas não dentro da mesma legislatura.
Até então instrutor particular de segurança pública, além de especialista em técnicas de imobilização, Marcos do Val elegeu-se senador pelo Espírito Santo em 2018, na sua primeira candidatura. Foi eleito pelo Cidadania. No primeiro ano de mandato, migrou para o Podemos, seu atual partido.
Investigado pela Polícia Federal por obstrução da Justiça, entre outras suspeitas, Do Val está proibido de usar redes sociais pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Por decisão do ministro, ele teve suas redes suspensas de junho de 2023 a maio de 2024 e, novamente, desde agosto do ano passado. No mesmo despacho, o ministro determinou o bloqueio de suas contas bancárias e o obrigou a entregar às autoridades seu passaporte diplomático.
Em fevereiro de 2023, o senador pelo Espírito Santo afirmou, em entrevista à Veja, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em dezembro de 2022, ainda na Presidência, planejou dar um golpe de Estado – no qual ele mesmo teria sido envolvido. Segundo a primeira versão de Do Val, ele teria sido recrutado pelo ex-deputado Daniel Silveira a participar do plano, mas teria se recusado a seguir adiante. Depois, o próprio Do Val se desmentiu e apresentou mais de duas versões diferentes sobre o episódio. O senador também chegou a anunciar que renunciaria ao mandato, mas, no mesmo dia, voltou atrás.
Desde então, Do Val tem centrado seu mandato em críticas à atuação do Supremo e, particularmente, de Moraes, relator dos inquéritos sigilosos das fake news, dos atos golpistas e do 8 de janeiro.