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Coluna Vitor Vogas

Cris Samorini será coordenadora de equipe de transição de Pazolini

Escalação sinaliza ainda mais fortemente algo que já vimos observando aqui desde a campanha eleitoral: ela passará longe de ser uma “vice decorativa”

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Lorenzo Pazolini ao lado da canidata a vice Cris Samorini

Lorenzo Pazolini com a vice Cris Samorini. Foto: Divulgação

Soa até um pouco estranho falar em “equipe de transição” no caso de um prefeito reeleito, mas é isto mesmo: na passagem do primeiro para o segundo governo de Lorenzo Pazolini (Republicanos), a Prefeitura de Vitória terá uma equipe de transição. E o destaque vai para a escolhida para coordenar os trabalhos: a empresária Cris Samorini (PP), vice-prefeita eleita no último domingo (6) ao lado de Pazolini.

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Fonte ligada ao QG de Pazolini afirma: “Serão dois governos diferentes”. Para além de questões técnicas, a equipe de transição tende a reforçar exatamente essa ideia. Uma das “diferenças” reside, precisamente, na presença do Progressistas (PP).

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O partido já está na administração de Pazolini desde o ano passado, mas sem nenhum secretário municipal filiado. Com a importância da legenda na coligação e na campanha de Pazolini, o PP tende a ter espaço e destaque bem maiores na segunda administração do republicano.

A segunda grande “diferença” está na presença da própria Cris. A escalação da ex-presidente da Findes como coordenadora da equipe de transição sinaliza ainda mais fortemente algo que já vimos observando aqui desde a campanha eleitoral: ela passará longe de ser uma “vice decorativa”.

Após coordenar a transição, não será surpresa alguma se ela for nomeada por Pazolini para acumular o cargo de vice-prefeita com a direção de alguma secretaria alinhada ao seu perfil. Uma aposta é a Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cidade (Sedec).

Durante a campanha, o protagonismo, é claro, foi de Pazolini. Mas, como nenhuma outra candidata a vice (à exceção do Coronel Borges com Du), Cris foi uma coadjuvante destacada na propaganda eleitoral.

Esteve ao lado de Pazolini em cada atividade de rua, além de aparecer frequentemente, sozinha ou ao lado do prefeito, dizendo parte do texto nos programas de TV e rádio, sobre os mais variados temas. Quase sempre, ela enunciava frases no passado perfeito (“fizemos” etc.), como se tivesse sido parte da atual administração, na qual não tem e nunca teve cargo.

A intenção da equipe de Pazolini, como saltou aos olhos, foi aproveitar a super visibilidade da campanha eleitoral para começar a “apresentar” Cris Samorini ao eleitorado de Vitória – até porque o seu “protagonismo”, daqui a um ano e meio, pode ir muito além de chefiar uma secretaria municipal.

Antes do resultado eleitoral, Pazolini já era um nome frequentemente cotado para concorrer ao cargo de governador do Espírito Santo em 2026. Durante a campanha, por sinal, ele se recusou a rechaçar tal possibilidade., em mais de uma entrevista. “Não dá para controlar o futuro”, era o que dizia.

Tendo saído bem fortalecido das urnas no domingo, Pazolini passa a ser ainda mais cotado. Se ele de fato vier a concorrer ao Palácio Anchieta na próxima eleição, terá de renunciar ao cargo de prefeito até abril de 2026.

Em se confirmando essa hipótese, Cris será guindada ao cargo de prefeita com um terço do mandato cumprido.


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