Coluna Vitor Vogas
A grande novidade da nova pesquisa Futura sobre a eleição em Vitória
Levantamento divulgado na noite desta terça-feira (24) pela Rede Vitória foi o segundo da série do instituto desde o início oficial da campanha
Um cenário praticamente congelado, com Lorenzo Pazolini favorito e com chances reais de resolver a disputa no 1º turno, daqui a 12 dias. É isso o que se depreende da mais recente pesquisa da Futura Inteligência sobre a eleição para a Prefeitura de Vitória, publicada pela Rede Vitória na noite desta terça-feira (24).
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O levantamento indica que a superexposição dos candidatos – no horário eleitoral gratuito de rádio e TV, nas redes sociais, em entrevistas e debates – não teve o poder de alterar em nada um quadro que parece sedimentado. Na estimulada, as pequenas oscilações de todos os seis candidatos se deram dentro da margem de erro – aliás, ampla: 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.
Esse “congelamento” favorece o atual prefeito. As críticas em série feitas a ele e à sua gestão pelos cinco candidatos de oposição, à esquerda, ao centro e à direita, não fizeram Pazolini perder terreno nem se mover um milímetro da posição anterior.
Desde o início oficial da campanha, em 16 de agosto, essa é a segunda sondagem feita pela Futura para a Rede Vitória. A primeira foi divulgada no dia 4 de setembro, captando apenas os primeiros dias da propaganda eleitoral gratuita em meios de comunicação de massa. Pazolini (Republicanos), àquela altura, tinha 55,7% na estimulada. Agora, tem 56,9%.
João Coser (PT) se mantém na segunda colocação, mas não conseguiu encurtar a vantagem de Pazolini. No início de setembro, o ex-prefeito tinha 20,9%. Agora, tem 17,3%. Matematicamente, a vantagem de Pazolini subiu de 34,8 pontos percentuais para 39,6.
Luiz Paulo (PSDB) conservou o terceiro lugar. O ex-prefeito passou de 4,7% para 8,6%. Proporcionalmente, foi quem mais cresceu em relação ao próprio resultado na rodada anterior. Mas cresceu dentro da margem de erro e ainda está bem longe de Pazolini. A boa notícia, para Luiz Paulo, é que ele encurtou a vantagem de Coser sobre ele. A diferença entre os dois, que era de 16,2 pontos percentuais, agora caiu para 8,7 pontos.
Capitão Assumção (PL) tomou o quarto lugar de Camila Valadão (PSol). Subiu de 3,3% para 5,4%.
Camila, por sua vez, caiu de 4,9% para 4,3%.
Du (Avante) triplicou o próprio número: passou de 0,1% para 0,3%. Não é exatamente decolar de helicóptero.
Votos brancos e nulos passaram de 4,7% para 3,4%.
Indecisos eram 7,0%. Agora, são 4,7%.
Em votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), hoje, Pazolini tem 61,3%. O segundo colocado, João Coser, tem 18,6%. A distância é de 42,7 pontos.
Para vencer a eleição no 1º turno, o candidato só precisa ultrapassar a marca de 50% dos votos válidos no dia 6 de outubro, daqui a dois domingos.
ESPONTÂNEA
A melhor notícia para Pazolini é colhida, na verdade, no cenário espontâneo.
Nessa primeira pergunta do questionário – na qual os entrevistados não têm acesso à lista de candidatos –, o atual prefeito subiu 7,4 pontos percentuais, de 46,0% para 53,4%.
Coser caiu um pouquinho, dentro da margem de erro, passando de 15,7% para 14,7%.
Proporcionalmente ao resultado anterior, Luiz Paulo mais que triplicou seu desempenho: cresceu de 2,0% para 6,7%. Mas ainda é pouco.
Assumção foi mencionado espontaneamente por 4%, Camila por 3,5% e Du por 0,3%.
Resumindo: Luiz Paulo sinaliza uma pequena tendência de crescimento – mas ainda insuficiente para ameaçar a vitória de Pazolini no 1º turno.
A grande “novidade” da nova rodada da Futura é, pois, a falta de uma grande novidade. Essa inalteração do quadro, repita-se, beneficia o atual prefeito.
E é isso, por ora.
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