Coluna Inovação
Inovação na UFES: como funciona a parceria entre a universidade e as startups?
Na coluna desta semana, Evandro Milet recebe no estúdio o professor de Engenharia Mecânica da UFES, Raphael Andrade
A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) tem se destacado no desenvolvimento de tecnologias que transformam vidas, como um exoesqueleto robótico voltado para a reabilitação de vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e uma prótese robótica de perna, única no Brasil. Os projetos são fruto de pesquisas acadêmicas que estão ganhando mercado e impactando a sociedade.
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Na coluna Inovação desta semana, na BandNews FM Espírito Santo, o professor de Engenharia Mecânica da UFES, Raphael Andrade, apresentou os avanços alcançados no ambiente acadêmico, com destaque para o surgimento da startup Symbios.
Ouça agora:
Startup Symbios: transferência de tecnologia inédita
O exoesqueleto robótico surgiu em 2020, a partir de um projeto de graduação de Eduardo Dias, aluno da UFES, com foco na recuperação dos movimentos do braço de pacientes que sofreram AVC. A pesquisa ganhou força com o envolvimento do colega Pedro Lhoa, do curso de Engenharia Elétrica, e resultou na criação da startup Symbios.
Raphael Andrade explicou que o projeto marcou um avanço importante ao realizar uma transferência tecnológica inédita. “A forma correta de se fazer essa transferência é por meio de um contrato de exploração econômica da tecnologia”, afirmou o professor. A patente foi registrada em nome da UFES, garantindo a propriedade intelectual da universidade e ampliando a conexão entre pesquisa acadêmica e mercado.
Tecnologia de ponta no Laboratório de Robótica
Além do exoesqueleto, o Laboratório de Robótica e Biomecânica, coordenado por Raphael, desenvolveu uma prótese robótica de perna, a primeira do Brasil, para auxiliar pessoas amputadas. Segundo o professor, a inovação trouxe resultados significativos: “Um dos amputados nos disse que foi a primeira vez que conseguiu subir uma escada com as duas pernas”.
A combinação de engenharia, medicina e fisioterapia tem sido fundamental para transformar pesquisas em soluções aplicáveis, ampliando os benefícios para a sociedade.
Desafios no financiamento e perspectivas para o futuro
Apesar das conquistas, o professor destacou os desafios no financiamento das pesquisas, que dependem de instituições como FAPES, CNPq e FINEP. “É necessário apresentar projetos bem estruturados e com muito mérito para conseguir a aprovação”, explicou Raphael.
A dedicação das equipes tem sido decisiva para os avanços. “O mérito é todo da equipe, que se dedica ativamente a cada projeto”, ressaltou. A expectativa é que, nos próximos anos, tecnologias como próteses robóticas e exoesqueletos continuem a evoluir e superar limitações humanas.
Com projetos inovadores e parcerias estratégicas, a UFES se consolida como referência nacional em pesquisa aplicada, conectando o ambiente acadêmico às demandas reais da sociedade.
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