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Coluna André Andrès

‘Caralhus’ aumenta lista de vinhos portugueses com nome exótico

Vinhos foram criados por dois jovens amigos. A Caralhus é uma vinícola localizada na região norte de Portugal. Rótulo chega ao mercado nos próximos dias

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Uma caixa do vinho Caralhus, lançado em Portugal. Foto: Divulgação

O vinho Caralhus foi lançado há poucos dias por dois amigos em Portugal. Foto: Divulgação

(Antes de iniciarmos a coluna, um alerta: chegar ao final deste texto sem produzir uma só frase de duplo sentido, do nível da quinta série, vai ser um desafio. Mas vamos lá, falar do Caralhus…)

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As configurações da ousadia dos produtores portugueses para batizar seus vinhos com nomes curiosos, engraçados e exóticos acabam de ser atualizadas. A mais nova linha, prestes a chegar ao mercado de Portugal, promete brilhar ao lado da Rapariga da Quinta, do Monte dos Cabaços ou da Vinha do Putto, só para ficarmos em uns poucos exemplos. O novo rótulo, o Caralhus, é resultado de um projeto de dois amigos de 24 anos, Sérgio Ribeiro e José Rocha. Eles cresceram no mundo dos vinhos, produzidos de maneira artesanal pela família no norte do país.

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“Éramos miúdos e sempre estivemos envolvidos nos processos de vindima das casas dos nossos pais e avós. As primeiras semanas de setembro eram passadas entre lagares e a pisar uvas. E nesse meio, as asneiras e ‘caralhadas’ faziam parte da tradição”, contou José Rocha a publicações portuguesas. É necessário explicar: em Portugal, ‘caralhada’ tem, sim, esse significado que você pensou. No entanto, por lá, ‘caralhada’ também significa diversão barulhenta.

O vinho Caralhus foi lançado há poucos dias por dois amigos em Portugal. Foto: Divulgação

O vinho branco Caralhus, lançado recentemente em Portugal. Foto: Divulgação

Os dois amigos tomaram rumos bem diferentes. José especializou-se em marketing, Sérgio foi trabalhar com serralheria. Até retomarem a ideia de criar um rótulo próprio, mas de características especiais: não poderia ser algo comum, deveria ser obrigatoriamente ousado, pouco convencional. Da vinícola em Santo Tirso saem vinhos tintos, brancos e rosés, todos frutados, leves. “Decidimos começar com estes três porque, pelo que fomos aprendendo enquanto crescemos, eram os que seriam melhor recebidos. Além disso, são boas referências para o verão”, diz José Rocha.

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Caralhus para todos

Com um rótulo deste e com uma linha de vinhos leves, seria natural enxergar os jovens como o principal alvo da nova vinícola. Os amigos discordam. Segundo eles, o “objetivo é que tanto jovens quanto pessoas mais velhas escolham o Caralhus para acompanhar os pratos, ou apenas para um bom momento”. Aliás, esse prazer em compartilhar o vinho e momentos de alegria é a base de boa parte do marketing da vinícola, estampada em várias partes do site oficial de apresentação e de vendas. A ficha de cada garrafa é acompanhada por uma “Sugestão de bêbado”. Em relação ao vinho branco, a sugestão é a seguinte:

. Meter o vinho no frigorífico, porque os vinhos Caralhus gostam de estar bem fresquinhos.
. 60-100 minutos antes de beber, coloca a garrafa no congelador. Sim, é isso mesmo!
. Agora, abre a garrafa, serve um copo e aproveita.
. Levanta o copo e brinda com um sorriso: “Caralhus, que Branco!”
. É só beber Caralhus e deixar a alegria tomar conta!

Ah! O comprador pode escolher entre adquirir um Caralhus, dois Caralhus ou seis Caralhus. São os limites do site, não ficam claros os motivos.

Preço e linha especial

O vinho está chegando ao mercado com preço bem acessível: 10 euros. No entanto, existe uma linha premium, apresentada em garrafas de 1,5 litro. São bem mais caros e saem por 999 euros. Como a linha é especial, o rótulo também é: ele traz o nome da vinícola em destaque, mas o vinho se chama Ir As Put*s. O asterisco está no rótulo, não foi excesso de pudor da coluna, embora esse cuidado tenha estado presente ao longo do texto. Afinal, seria até natural sugerir uma combinação curiosa para uma prova, abrindo os trabalhos com o Caralhus branco e terminando com o Periquita, tinto. Mas a promessa foi de não cair nessa brincadeira de quinta série. Como se sabe, a coluna e os vinhos portugueses são sérios. Muito sérios…


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André Andrès

Há mais de 10 anos escrevo sobre vinhos. Não sou crítico. Sou um repórter. Além do conteúdo da garrafa, me interessa sua história e as histórias existentes em torno dela. Tento trazer para quem me dá o prazer da sua leitura o prazer encontrado nas taças de brancos, tintos e rosés. E acredite: esse prazer é tão inesgotável quanto o tema tratado neste espaço.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.