Carnaval 2026
Carnaval de Vitória grava sambas-enredo com padrão do Rio de Janeiro
Agremiações do Grupo Especial já iniciaram as gravações; músicas chegam às plataformas digitais entre novembro e dezembro

Desfile do Carnaval de Vitória. Foto: Divulgação
Os sambas-enredo que vão embalar o Carnaval de Vitória 2026 terão a mesma assinatura técnica das gravações do Rio de Janeiro. Pelo terceiro ano seguido, a produção é comandada por Rafael Prates, profissional que também trabalha com a SuperLiga Carnavalesca do Brasil, responsável pelos desfiles da Intendente Magalhães, no Rio.
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A gravação acontece em dois estados: parte no Espírito Santo e parte no Rio de Janeiro. O processo segue o modelo carioca, com guia instrumental, voz preliminar e, por fim, a versão oficial que será disponibilizada ao público.
Sambas disponíveis ainda em 2025
As dez escolas do Grupo Especial de Vitória já estão em estúdio. Os sambas serão lançados entre novembro e dezembro pela Liga das Escolas de Samba do Carnaval de Vitória (Liesge). Para o diretor de Carnaval da entidade, João Felipe, o ritmo é acelerado. “As gravações seguem consolidando mais uma etapa do processo que une técnica, experiência e dedicação ao carnaval”, disse.
Interesse internacional
O disco do Carnaval capixaba vem ganhando projeção ano a ano. Em 2025, as faixas alcançaram ouvintes em 18 países, reforçando a presença das escolas de Vitória no cenário cultural além das fronteiras do Espírito Santo.
Para Prates, o desafio é superar os bons resultados recentes. “Em 2026, vamos buscar arranjos mais criativos, integração com as baterias e a valorização da identidade de cada escola”, afirmou.
Desfiles ganham dois dias
Além das novidades musicais, os desfiles também terão mudanças. Em 2026, as escolas do Grupo Especial vão se apresentar em duas noites — 6 e 7 de fevereiro — no Sambão do Povo. A alteração foi aprovada em conjunto pela Liesge, escolas e Prefeitura de Vitória.
Com carros alegóricos que podem chegar a 11 metros de altura, a divisão em duas noites busca reduzir atrasos e garantir mais segurança. “O carnaval está crescendo e precisa de melhorias. Essa mudança valoriza a festa”, explicou o presidente da Liesge, Edson Neto.
A venda de ingressos ainda será divulgada. O desfile da Série Ouro continua programado para o fim de semana anterior ao carnaval nacional.
Confira a ordem dos desfiles do Carnaval de Vitória 2026 e enredos:
SEXTA-FEIRA, 6 DE FEVEREIRO
Pega no Samba – “Okê Caboclo Sete Flechas – Guardião ancestral da natureza” – enredo sobre a história e simbologia do Caboclo Sete Flechas, destacando povos originários e espiritualidade.
Novo Império – “Aruanayê – Guardiãs dos mistérios ancestrais” – celebração do protagonismo feminino com narrativas de xamãs africanas e guerreiras indígenas nas florestas capixabas.
Unidos de Jucutuquara – “Arreda homem que aí vem mulher” – que homenageia Maria Padilha, figura associada a mitos de magia, sedução e poder espiritual, tornando-se uma entidade cultuada, principalmente nas religiões afro-brasileiras.
Mocidade Unida da Glória (MUG) – “O diário verde de Teresa” – homenagem à naturalista, exploradora e princesa alemã Teresa da Baviera, que visitou o Espírito Santo em 1888.
Imperatriz do Forte – “Xirê: Festejos às Raízes” – enredo promete celebrar a ancestralidade e exaltar a raiz dos componentes do Forte
SÁBADO, 7 DE FEVEREIRO
Rosas de Ouro – Ainda não foi apresentado
Unidos da Piedade – “O Canto Livre de Papo Furado” – homenagem a um dos mais importantes sambistas do Espírito Santo, um dos fundadores da escola o primeiro intérprete da primeira escola de samba do Estado.
Independente de Boa Vista – “João do Congo: A voz que dança nas folhas da resistência” – enredo homenageia a cultura do Congo de Máscaras de Roda D’Água, em Cariacica, e o personagem folclórico João Bananeira, figura central do carnaval local.
Chegou o Que Faltava – “Orí – Sua cabeça é seu guia” – Escola convida a refletir sobre a importância de olhar para dentro, onde reside a força sagrada do Orí, que representa a cabeça e o destino de cada indivíduo.
Andaraí – “01/12/46” – a escola pretende celebrar sua própria história e espiritualidade, destacando a influência dos orixás e a força da ancestralidade.
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