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Bem-estar

Um em cada três adultos com glicose alterada não sabe que tem diabetes

Quase um terço dos adultos com glicose elevada desconhece a condição e pode já estar com a doença

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Dados mostram que quase um terço das pessoas com glicose alterada pode ter diabetes sem saber. Foto: Freepik

Dados mostram que quase um terço das pessoas com glicose alterada pode ter diabetes sem saber. Foto: Freepik

Um levantamento da Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês) revela uma realidade preocupante: o Brasil vive uma epidemia de diabetes e boa parte da população não sabe que está doente. A nova edição do Atlas Global da Doença mostra que 32% dos adultos com glicose alterada no sangue, já em níveis de risco, circulam sem diagnóstico. Isso significa que quase um terço das pessoas com diabetes não têm conhecimento da sua condição.

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No total, o número de brasileiros com diabetes já chega a 16,6 milhões, o que coloca o país como o sexto no ranking mundial da doença, atrás apenas da China, Índia, EUA, Paquistão e Indonésia. Outro dado da pesquisa preocupa os médicos e diz respeito aos pré-diabéticos. Cerca de 11% dos adultos no Brasil, o equivalente a 17,7 milhões de pessoas, estão com risco iminente de desenvolver a forma crônica da doença.

O levantamento confirma que o avanço da doença tem sido rápido. Em apenas quatro anos, o número de casos subiu 5,7% no país, saindo de pouco mais de 15 milhões em 2021 para os atuais 16,6 milhões.

Impacto nos idosos

A realidade é ainda mais crítica entre os idosos. O diabetes tipo 2, forma mais comum da doença e que está diretamente relacionada ao sedentarismo, sobrepeso e maus hábitos alimentares, já atinge mais de 30% da população com mais de 65 anos no Brasil.

“O diabetes tem se tornado uma doença cada vez mais comum entre os idosos. Os maus hábitos alimentares e a falta de atividade física contribuem diretamente para o desenvolvimento da doença”, afirma o geriatra Roni Chain Mukamal, superintendente de Medicina Preventiva da MedSênior.

Ele explica que os efeitos naturais do envelhecimento, como a perda de massa muscular e as mudanças no metabolismo, potencializam o risco. “A população acima dos 65 anos é a mais propensa a desenvolver diabetes tipo 2. É fundamental promover a prevenção desde cedo.” O geriatra recomenda que todas as pessoas com mais de 45 anos façam exames de glicemia regularmente e mantenham acompanhamento médico constante.

Para ele, a chave está na prevenção: alimentação equilibrada, atividade física regular e controle do peso corporal são atitudes fundamentais para conter o avanço da doença. “Mais do que tratar um problema existente, precisamos ensinar a prevenir. Bons hábitos devem ser incentivados desde a infância, para que possamos reverter, no futuro, esse cenário tão alarmante entre os idosos”, reforça o médico.

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