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Bem-estar

Remoção de tatuagem: especialista do ES explica que não basta só o laser

Procedimento a laser fragmenta pigmentos da pele e requer cuidados antes e após as sessões

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Remoção de tatuagens depende de técnica profissional, disciplina e cuidados adequados com a pele. Foto: Divulgação

Remoção de tatuagens depende de técnica profissional, disciplina e cuidados adequados com a pele. Foto: Divulgação

A remoção de tatuagens tem se tornado cada vez mais procurada, mas especialistas alertam que o sucesso do tratamento depende de disciplina, cuidados adequados e acompanhamento profissional.

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A influenciadora digital Aline iniciou seu processo de remoção de tatuagens em 2021 e, desde então, tem compartilhado sua experiência para conscientizar sobre os cuidados necessários. Segundo ela, o procedimento vai além da estética: “Não se trata apenas de apagar a tatuagem. É preciso paciência, seguir corretamente todas as orientações entre as sessões e cuidar da pele para que o resultado seja satisfatório.”

O estúdio Kessy Borges Tattoo Shop oferece esse serviço de remoção. Raquel Mascarenhas, profissional responsável pelo procedimento, explica como ele acontece: “A remoção a laser fragmenta as partículas de pigmento depositadas na pele por meio de disparos de luz. O laser emite feixes em comprimentos de onda específicos, que reconhecem a cor do pigmento e quebram as partículas em fragmentos menores. Depois disso, o próprio organismo elimina esses resíduos naturalmente pelo sistema linfático.”

O procedimento pode gerar desconforto, já que precisa atingir o pigmento em camadas mais profundas da pele. Para maior conforto, utiliza-se anestesia injetável, que garante muito mais tranquilidade durante a sessão — diferente das pomadas tópicas, que têm efeito limitado.

Mas será que a cor da tinta e o tipo de pele impactam no processo de remoção? “Pigmentos mais escuros, como preto e marrom, costumam responder melhor, pois absorvem mais facilmente a energia do laser. Tons claros, como bege, verde, vermelho ou azul, podem exigir mais sessões ou responder de forma mais lenta”, destacou Raquel.

A quantidade de sessões varia conforme fatores como cor do pigmento, profundidade, tempo em que foi aplicado e tipo de pele. Não há um número padrão: o organismo de cada paciente determina a evolução do processo. Para micropigmentação, o intervalo entre as sessões é de 30 dias; para tatuagem, pode variar entre 40 e 90 dias.

É importante destacar que o laser é seletivo: age apenas nas partículas de pigmento, preservando os tecidos ao redor e os folículos pilosos. Ou seja, não causa queda de pelos, como na sobrancelha, e, quando feito com equipamento adequado e por profissional capacitado, não há risco de cicatriz. Complicações costumam ocorrer apenas quando a técnica é mal executada ou os cuidados pós-procedimento não são seguidos.

Entre os cuidados recomendados estão:

• Evitar exposição solar direta na área tratada;

• Não usar ácidos ou cremes irritativos na região;

• Após a sessão, aplicar pomada cicatrizante e protetor solar;

• Manter a pele hidratada e não coçar;

• Beber bastante água para auxiliar na eliminação do pigmento.

Alguns grupos devem evitar o procedimento, como gestantes, lactantes, pessoas com doenças de pele ativas, uso recente de isotretinoína ou histórico de queloides. A avaliação individual é sempre indispensável.

Na maioria dos casos, é possível alcançar a remoção completa. No entanto, alguns pigmentos e cores podem clarear mais do que desaparecer totalmente. A tatuagem corporal, geralmente feita com pigmentos mais resistentes e depositados em maior profundidade, pode demandar mais sessões, enquanto a micropigmentação facial utiliza pigmentos mais superficiais, mas com variações de cores que podem reagir de forma diferente ao laser.

 

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