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Peniafobia: entenda o medo de ficar pobre que afeta grande parte das pessoas

Transtorno psicológico interfere em escolhas financeiras e pessoais, segundo especialista

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A peniafobia, caracterizada pelo medo de ficar pobre, é um transtorno psicológico que afeta comportamentos, escolhas e a qualidade de vida de milhares de pessoas. Foto: Freepik

A peniafobia, caracterizada pelo medo de ficar pobre, é um transtorno psicológico que afeta comportamentos, escolhas e a qualidade de vida de milhares de pessoas. Foto: Freepik

A peniafobia é definida como o medo irracional de ficar pobre e vai além de uma preocupação saudável com estabilidade financeira. Trata-se de um estado psicológico crônico, alimentado por ansiedade intensa diante da ideia de perder recursos ou status. Essa condição afeta decisões diárias, distorce prioridades e, em casos mais graves, pode levar à paralisia diante de escolhas simples. Assim, o transtorno ganha cada vez mais atenção em estudos clínicos e comportamentais.

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Segundo o médico e terapeuta João Borzino, a origem da peniafobia está ligada a uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Pesquisas da neurociência indicam que áreas do cérebro relacionadas à ameaça se ativam de forma exacerbada em pessoas com histórico de insegurança financeira. Além disso, crianças expostas à instabilidade econômica tendem a desenvolver padrões de hipervigilância. Dessa forma, a fobia pode acompanhar o indivíduo até a vida adulta.

Entre os comportamentos clássicos listados por Borzino estão o acúmulo compulsivo de dinheiro, o trabalho excessivo mesmo em prejuízo da saúde e a paralisia diante de investimentos. Além disso, muitas relações pessoais acabam sendo afetadas por disputas financeiras e desconfiança constante. Há ainda casos de culpa crônica ao gastar, mesmo quando se trata de necessidades básicas. Esses sinais funcionam como marcadores para identificar a peniafobia.

De acordo com Borzino, embora o transtorno seja pouco conhecido, estudos estimam que parte significativa da população economicamente ativa apresente sintomas relacionados. Nesse contexto, ele destaca caminhos possíveis para lidar com a peniafobia. Entre eles estão o diagnóstico clínico, a terapia cognitivo-comportamental e a reestruturação de crenças. Também é recomendada a educação financeira aliada ao acompanhamento psicológico, unindo prática e compreensão emocional.

 

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