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Bem-estar

Tratamento de graça para dores, depressão e ansiedade na Ufes

Auriculoterapia e reiki estão entre as práticas integrativas que auxiliam no controle da dor e na redução dos sintomas de ansiedade e depressão

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Uma mulher impondo as mãos sobre o abdômen de outra mulher que está deitada utilizando a prática do Reiki para tratar depressão

Reiki é uma das técnicas utilizadas no tratamento de depressão. Foto: FreePik

Você apresenta sintomas de ansiedade, depressão e dores crônicas? O Laboratório de Pesquisa em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (LAPPICS/Ufes) está com inscrições abertas para atendimentos gratuitos de auriculoterapia e reiki. Os interessados podem preencher o formulário ou entrar em contato pelo WhatsApp (27) 99259-0550.

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Os atendimentos são gratuitos e acontecem nas segundas-feiras, das 13h às 17h, e nas terças-feiras, entre 8h e 12h, na sala 55 do segundo andar da Clínica Escola Interprofissional em Saúde (Ceis), no campus de Maruípe, em Vitória.

Auriculoterapia e reiki estão entre as práticas integrativas que auxiliam no controle da dor e na redução dos sintomas de ansiedade e depressão. A coordenadora do projeto, professora do Departamento de Educação Integrada em Saúde (DEIS) Grace Kelly Freitas, explica que o reiki é uma técnica japonesa de imposição de mãos para equilíbrio energético que considera o indivíduo como um ser integral – corpo, mente e espírito –, enquanto a auriculoterapia se vale da aplicação de estímulos (sementes, por exemplo) em determinados pontos do pavilhão auricular para obtenção de efeitos sistêmicos.

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“É importante dizer que não possui vinculação com religião, mas com a nossa conexão com energias, com aspectos da integralidade da pessoa que a ciência ainda está desvendando”, afirma a professora do Departamento de Ciências Farmacêuticas (DCFar) Bárbara Borges, subcoordenadora do projeto. Segundo ela, as práticas possuem evidências científicas e efeitos clínicos documentados: “Funcionam, como o nome diz, complementando o tratamento convencional. Por isso, orientamos que as pessoas atendidas continuem seu tratamento nas especialidades médicas que os acompanham, aliadas às PICs”.

PRÁTICAS INTEGRATIVAS PARA TRATAR DEPRESSÃO

O projeto de extensão em práticas integrativas e complementares teve início em 2020, mas, devido ao isolamento imposto pela pandemia de Covid-19, os atendimentos só começaram plenamente em 2022. A equipe é formada por 24 estudantes e seis professoras de diversos cursos de graduação da área de saúde, incluindo Bárbara Borges e Grace Kelly Freitas. Os estudantes recebem capacitação em auriculoterapia e reiki para oferecerem atendimentos supervisionados tanto à comunidade interna da Ufes quanto à população em geral.

“Sob o aspecto do ensino, trata-se de uma experiência interprofissional muito rica para os acadêmicos e acadêmicas, pois eles também são capacitados para atender com amorosidade, humanidade e profissionalismo, tendo uma ótica biopsicossocial das pessoas atendidas”, ressalta Freitas.

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Inicialmente, são oferecidas dez sessões (uma por semana), que são realizadas individualmente ou em grupos. Após a avaliação da equipe de que houve melhora considerável no quadro apresentado, o usuário recebe alta. “A pessoa geralmente gosta muito e volta para ser atendida novamente”, diz Borges.

Freitas acredita que o projeto viabiliza o acesso da comunidade externa aos atendimentos com reiki e auriculoterapia, o que, segundo ela, seria mais difícil sem a ação extensionista. “Temos uma parceria com as unidades de saúde da região de Maruípe para encaminhamento de pacientes”, ressalta.

PREMIAÇÃO

No fim de maio, a equipe do LAPPICS recebeu menção honrosa (1º lugar) por seu trabalho intitulado “Laboratório de Pesquisa e Extensão em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Ufes: um relato de experiência.” O resumo foi apresentado no I Congresso Brasileiro de Práticas Integrativas e Complementares (COBRAPICS) e será publicado como capítulo do livro do evento.

O trabalho apresenta o relato de experiência no desenvolvimento do LAPPICS e mostra os resultados alcançados com a ação de extensão. Para Borges, participar do congresso foi uma grande oportunidade de divulgar o trabalho realizado, “que é tão significativo para quem é atendido. O prêmio é resultado do empenho da equipe, que acredita que as PICs podem ser levadas a cada vez mais pessoas, melhorando a qualidade de vida delas.”

AMPLIAÇÃO

Até o fim de 2023, a equipe tratou de 180 pacientes em 1.200 atendimentos com reiki e auriculoterapia. “Está no nosso horizonte ampliar com a inserção de ioga, meditação e aromaterapia. Tudo depende de obtermos financiamento, uma vez que os óleos essenciais não são tão acessíveis, considerando a quantidade necessária”, explica Borges.

Segundo Freitas, desde o início, todas as atividades são financiadas pelas seis professoras, que esperam que o projeto seja em breve contemplado em editais de fomento para manter e ampliar a oferta dos atendimentos nas PICs. “O projeto é resultado de muita dedicação, trabalho e empenho na produção de pesquisa científica, extensão e ensino das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde”, avalia.


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