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Bem-estar

Dengue tipo 3: médica alerta sobre cuidados e sintomas da doença no ES

A dengue tipo 3 retorna ao Espírito Santo após 10 anos, trazendo novos desafios de prevenção e cuidados à saúde

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dengue - Aedes aegypti

Aedes aegypti. Foto: Divulgação/Agência Brasil

O Espírito Santo registrou mais um caso de dengue tipo 3, conforme confirmação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Este é o primeiro caso desse sorotipo no estado em aproximadamente 10 anos, o que torna a população mais vulnerável a formas graves da doença, já que a imunidade coletiva é baixa. Embora o quadro clínico da dengue tipo 3 seja semelhante ao das demais variações do vírus, é fundamental estar atento aos sintomas para buscar tratamento adequado o mais rápido possível.

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A médica infectologista Martina Zanotti, do Vitória Apart Hospital, destaca pontos cruciais sobre a doença e compartilha recomendações sobre como prevenir e lidar com a dengue tipo 3. Confira as principais orientações:

1. Quatro sorotipos do vírus e o risco das infecções subsequentes
Existem quatro tipos de vírus da dengue, sendo o tipo 3 o mais recente a ser identificado no estado. A principal preocupação, segundo a infectologista, é o risco de infecção por diferentes sorotipos, pois uma segunda ou terceira infecção tende a ser mais grave. “As próximas infecções podem ser mais complicadas do que a primeira, por isso a prevenção é essencial”, alerta Zanotti.

2. Ressurgimento de novos sorotipos
Nos últimos meses, o Brasil tem visto o retorno dos sorotipos 3 e 4 da dengue, que estavam ausentes por um longo período. Isso aumenta a probabilidade de infecção, já que quem foi contaminado pelos tipos 1 ou 2 não está imune às novas variantes.

3. Influência do clima na proliferação do mosquito
O clima quente e as chuvas frequentes, típicos da estação, contribuem para a rápida disseminação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A médica explica que as chuvas criam condições ideais para a proliferação do vetor, aumentando o risco de contágio.

4. Como ocorre a transmissão
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti contaminado. O período de incubação pode variar entre três e 15 dias, ou seja, os sintomas podem aparecer dentro desse intervalo após a picada.

5. Hidratação e cuidados durante o tratamento
A desidratação é um dos maiores riscos para quem contrai a dengue. “A doença causa uma distribuição inadequada dos líquidos no corpo, o que pode sobrecarregar o coração e causar hipotensão”, explica Martina. Por isso, a ingestão de líquidos é fundamental para evitar complicações graves, como formas mais severas da doença.

6. Sinais de alerta após a febre
Mesmo após a febre diminuir, é importante observar sinais de alerta, como vômitos persistentes, dor abdominal intensa, sangramentos, palpitações e confusão mental. Se esses sintomas surgirem, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente.

7. A vacina contra a dengue
A vacina contra a dengue é indicada tanto para quem já teve a doença quanto para quem nunca foi contaminado. Ela é eficaz na prevenção de formas graves da doença, hospitalizações e mortes. O intervalo recomendado para quem já teve dengue e deseja se vacinar é de pelo menos seis meses. Mesmo vacinados, as pessoas ainda podem contrair a doença, mas as chances de complicações graves são reduzidas.

8. Medidas de prevenção
A prevenção continua sendo a melhor forma de combater a doença. A vacinação, o uso de repelentes – especialmente logo ao acordar e durante o dia – e a hidratação adequada são essenciais. A médica também enfatiza a importância de procurar atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas, como febre e dores no corpo.

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