Alexandre Brito
Quem te feriu esquece, mas o trauma te acompanha
Uma das características do trauma é justamente uma rememoração repetitiva e invasiva da situação traumática
O ditado que diz “quem bate esquece, mas quem apanha não!” faz muito sentido e não existe em vão! Uma das características do trauma é justamente uma rememoração repetitiva e invasiva da situação traumática. Só há trauma onde há memória e dor!
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Neste caso, uma memória viva repleta de afetos tristes e paralisantes. Muitas vezes, surge a vontade de enfrentar o agente do trauma, aquele que lhe causou essa dor. Mas, muitas vezes, essa pessoa sequer se lembra do que fez contigo e, dependendo, faria tudo de novo se tivesse oportunidade!
Isso nos leva a pensar que o trauma não diz apenas do traumatizado, mas é algo que também desvela relações sociais e institucionais. Por exemplo: alguns tipos de traumas se repetem com várias pessoas, e isso diz mais de nossa sociedade do que das vítimas ou de um agressor qualquer!
Afinal, quem amola as facas daquele que lhe cortou o coração, a dignidade, o corpo, o respeito? Quem dá a ele essa sensação de segurança ao ponto de sequer se lembrar do que fez contigo?
Muitos sequer sabem que estão agindo errado contigo! Sem contar as inúmeras vítimas que ainda se sentem culpadas daquilo que sofreram! Algo lastimável!
O trauma drena toda nossa energia, reduz o mundo apenas à situação traumática.
Mas, apesar disso, existem modos de enfrentamento! Um deles é se aproximando de seus pares, fortalecendo esses laços e conexões! Talvez você escutará histórias próximas da sua e dar passos em conjunto com sua rede de apoio pode ser liberta-dor! Eis a importância da força de um espaço coletivo.
Você também pode contar com ajuda e escuta qualificada de um profissional da psicologia em um ambiente seguro, sem julgamentos e sigiloso para tratar dessas questões tão delicadas. Com essa ajuda você pode pensar sobre o que fazer com tudo isso!
Com tempo, paciência e apoio, é possível transformar o trauma em uma parte da sua história, sem que ele defina quem você é!
Você não precisa lidar com isso sozinho(a)! Se precisar, peça ajuda sem hesitar!
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