Olhar 360º
Cientistas do ES criam o 1º carro autônomo e elétrico do Brasil
Veículo possui um sistema robótico avançado com hardware e software que permitem o tráfego de forma totalmente autônoma, sem precisar de intervenção humana
O primeiro carro autônomo e elétrico do país foi desenvolvido por um grupo de cientistas capixabas que participaram da criação da Iara, o veículo que trafega sem motorista feito pelo Departamento de Informática da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
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O veículo possui um sistema robótico avançado com hardware e software que permitem o tráfego de forma totalmente autônoma, sem precisar de intervenção humana. O carro ainda é capaz de criar mapas e rotas de uma determinada região.
Com esses mapas e com uso de sensores, o sistema se localiza instantaneamente na região mapeada e pode trafegar de forma autônoma e tem capacidade de lidar com obstáculos estáticos e dinâmicos e chegar ao destino, também chamada de missão dada ao sistema.
O carro tem a capacidade de trafegar de forma autônoma até o destino evitando obstáculos estáticos e móveis, lidando com todos os elementos do trânsito: semáforos, faixas de pedestres, lombadas, cancelas, placas.
A tecnologia criada na universidade está sendo aprimorada e levada ao mercado pela Lume Robotics, formada por ex-alunos da Ufes. O sistema de autonomia foi aliado ao movimento do carro de forma elétrica graças a uma parceria entre a startup capixaba e a empresa paranaense Hitech. Agora, o carro está disponível para ser alugado para empresas.
“A Hitech Eletrics é uma empresa que comercializa veículos elétricos de pequeno porte e contrataram a Lume. Automatizamos todo o carro de forma a se tornar um produto. É o primeiro carro autônomo para uso comercial do Brasil. Desenvolvemos o protótipo e agora estamos na fase de escalar e comercializar por meio de aluguel para empresas, porque por enquanto a movimentação dos carros autônomos está restrita às áreas industriais pela legislação”, explica o CEO da Lume, Ranik Guidolini.
Autonomia na indústria
Além do carro, outros veículos também recebem a tecnologia para se locomover de forma autônoma. A empresa tem cerca de dez contratos para desenvolver soluções de autonomia na indústria. Um deles mostra a importância do veículo não se locomover com intervenção humana na indústria.
O CEO conta que, no trabalho com uma siderurgia no Rio de Janeiro, o objetivo é tornar autônomo um veículo de 16 eixos e 700 toneladas que transporta líquido a 1.200ºC. “O interesse é eliminar pessoas nesse transporte. Com nosso sistema operando os veículos não vai mais precisar expor o funcionário ao risco”, detalha.
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