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Videografias de mulheres surdas e cegas chegam aos cinemas de Vitória

Exibições gratuitas no Cine Jardins e Cine Metrópolis destacam a inclusão e a diversidade de mulheres surdas e cegas, promovendo integração e acessibilidade

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Começa hoje (31) no Cine Jardins, em Vitória, a mostra de videografias contemporâneas “Nada me falta”. As exibições gratuitas começam às 19h30 e serão apresentados 15 vídeos que narram histórias de mulheres surdas e cegas da Grande Vitória. Amanhã , a mostra continua no Cine Metrópolis.

Em entrevista ao EStúdio 360, a idealizadora e diretora da mostra, Rejane Arruda, também cineasta e atriz, compartilha a motivação por trás do projeto: promover a integração entre pessoas surdas e cegas. O trabalho surgiu da necessidade de unir duas comunidades que, apesar das diferenças na comunicação, compartilham experiências e desafios.

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Integração entre surdas e cegas

O projeto “Nada me falta” visa enfrentar o desafio da comunicação entre surdas e cegas. Surdas se comunicam principalmente com as mãos, enquanto cegas utilizam a linguagem oral. Rejane e sua equipe buscaram maneiras inovadoras de promover essa integração, explorando as possibilidades de expressão e compreensão mútua.

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Um dos momentos mais marcantes da mostra é a interação musical entre uma surda e uma cega. Através da música, foi possível estabelecer uma conexão significativa entre as participantes, demonstrando que a cultura é um elo poderoso que transcende as barreiras físicas.

Desafios e realizações

A mostra inclui vídeos que destacam os esforços de comunicação entre as participantes. Em um dos vídeos, uma surda ensina Libras tátil a uma cega, ilustrando a importância de entender e respeitar os códigos de comunicação do outro.

Os vídeos foram gravados em diversas locações no Espírito Santo, incluindo praias e a Pedreira de Maruípe. A escolha de cenários desafiadores e poéticos enriqueceu a narrativa visual, criando uma experiência imersiva para o público.

Acessibilidade e inclusão

A mostra “Nada me falta” também se preocupa com a acessibilidade. Todos os vídeos contam com recursos de audiodescrição e Libras, permitindo que tanto surdas quanto cegas possam apreciar as obras. A equipe utilizou a tecnologia MovieReading para sincronizar a audiodescrição com os vídeos, garantindo uma experiência inclusiva.

Além das exibições, a programação inclui debates e bate-papos com as artistas, proporcionando um espaço para a troca de experiências e reflexões sobre a arte e a inclusão.

Envolvimento da comunidade e patrocínio

O projeto contou com a participação de 18 mulheres, selecionadas através de workshops que exploraram práticas criativas e técnicas de videografia. Apesar da previsão inicial de trabalhar com seis participantes, a equipe se encantou com a diversidade e potencial de todas, ampliando o número de participantes.

A mostra foi viabilizada pelo apoio da TAG Transportadora Associada de Gás e do Governo do Espírito Santo, através da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba. Esse apoio foi essencial para a realização e acessibilidade do projeto.

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