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Câncer de mama: menos de 30% da população realiza a mamografia

Especialista destaca a importância da mamografia para a detecção precoce do câncer de mama, abordando as causas da baixa adesão ao exame no Brasil

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O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais incidente e letal entre as mulheres no Brasil, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, uma em cada oito mulheres desenvolverá câncer de mama ao longo da vida. A previsão para o triênio de 2023 a 2025 é de aproximadamente 73 mil novos casos anuais.

A mamografia é a principal ferramenta para a detecção precoce do câncer de mama. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, as mulheres devem iniciar a realização anual da mamografia a partir dos 40 anos. No entanto, o Ministério da Saúde recomenda o início dos exames apenas aos 50 anos, com periodicidade bienal. Essa discrepância deixa descobertas muitas mulheres entre 40 e 49 anos, que representam cerca de 20% dos casos diagnosticados.

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Acesso limitado e desigualdade regional

Em entrevista ao EStúdio 360, a mastologista Sâmela Comério, explica que embora o Brasil disponha de 4.200 mamógrafos, muitos desses equipamentos estão inoperantes ou concentrados nas grandes capitais, deixando áreas rurais e regiões periféricas sem acesso ao exame. Além disso, a falta de profissionais capacitados para operar esses aparelhos agrava a situação.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% das mulheres na faixa etária recomendada devem realizar a mamografia. No Brasil, apenas 20% das mulheres têm acesso ao exame, refletindo uma grave lacuna no sistema de saúde.

Conscientização e acesso à mamografia

A falta de informação sobre a importância da mamografia também contribui para a baixa adesão ao exame. Muitas mulheres só procuram realizar a mamografia quando sentem algum sintoma, o que pode atrasar o diagnóstico e o início do tratamento. O câncer de mama, quando detectado precocemente, tem maiores chances de tratamento eficaz e cura.

Para as mulheres que desejam realizar a mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o primeiro passo é procurar um posto de saúde. A partir dos 40 anos, ou aos 50 conforme a recomendação do Ministério da Saúde, as mulheres devem iniciar a realização periódica do exame. Caso apresentem algum sintoma ou tenham histórico familiar, devem buscar orientação médica imediatamente.

Tratamento e recuperação

A descoberta do câncer de mama não deve ser encarada como uma sentença de morte. Com o diagnóstico precoce, os tratamentos disponíveis são altamente eficazes e podem levar à cura. Um exemplo inspirador é a capitã da Seleção Brasileira de Rugby, que, após passar por uma cirurgia de remoção de parte do seio devido ao câncer de mama, participou dos Jogos Olímpicos.

Além disso, as cirurgias reconstrutoras têm avançado significativamente, permitindo a recuperação da autoestima das pacientes. Hoje, é possível reconstruir o mamilo com próteses de silicone ou através de tatuagens oferecidas gratuitamente por tatuadores voluntários.

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