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Setembro Amarelo: “Se precisar, peça ajuda!” é o lema da campanha

No Setembro Amarelo de 2024, o Espírito Santo intensifica ações de prevenção ao suicídio. A campanha destaca a importância de pedir ajuda e amplia o acesso aos serviços de saúde mental

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Edleusa Cupertino destaca a importância da prevenção ao suicídio e o papel da Rede de Atenção Psicossocial no acolhimento e apoio às pessoas em situação de vulnerabilidade. Foto: Rafael Nery

Edleusa Cupertino destaca a importância da prevenção ao suicídio e o papel da Rede de Atenção Psicossocial no acolhimento e apoio às pessoas em situação de vulnerabilidade. Foto: Rafael Nery

O Setembro Amarelo é um mês dedicado à conscientização e prevenção do suicídio. Em 2024, o tema da campanha é “Se precisar, peça ajuda”. O Espírito Santo está intensificando suas ações para garantir que a população saiba onde e como buscar apoio. Em entrevista ao EStúdio 360, a técnica de referência da Vigilância Epidemiológica de Violência e Acidentes (VIVA) da Secretaria de Estado da Saúde, Edleusa Cupertino, destacou que a comunicação é um fator essencial para o sucesso dessas iniciativas.

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Campanha busca quebrar tabus e incentivar a procura por apoio

Por muito tempo, falar sobre suicídio foi considerado tabu. No entanto, a abordagem tem mudado nos últimos anos. A campanha atual visa trazer o tema à tona de forma positiva, proporcionando às pessoas as informações necessárias para buscar ajuda. “Quanto mais falarmos de forma positiva, mais chances temos de levar informações corretas para a população”, afirmou Edleusa.

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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Espírito Santo trabalha com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) para garantir que as pessoas que enfrentam problemas de saúde mental recebam o atendimento necessário. Desde o primeiro acolhimento na atenção primária até os casos mais graves, há um fluxo bem definido para encaminhar as vítimas às unidades de saúde adequadas.

Dados preocupantes exigem ações mais rigorosas

Desde 2014, o Brasil tem registrado um aumento no número de suicídios, em contraste com outras regiões do mundo, onde esses números estão em declínio. No Espírito Santo, a vigilância de violência acompanha de perto as notificações de casos para garantir um atendimento rápido e eficiente. O Ministério da Saúde, em seu plano até 2030, estabeleceu metas para controlar o crescimento dos casos, com o objetivo de reduzir os fatores de risco e melhorar o acesso aos serviços de saúde mental.

Entre as principais causas de suicídio, 59% são cometidos por enforcamento. Outras causas incluem o uso de armas de fogo, quedas de altura e ingestão de substâncias tóxicas. A Sesa está desenvolvendo políticas para dificultar o acesso a esses meios, com o intuito de prevenir novos casos. A vigilância acompanha a entrada dessas pessoas no sistema de saúde, observando o histórico e notificações anteriores para oferecer um atendimento mais eficaz.

Educação e notificação como pilares da prevenção

A notificação precoce de ideação suicida é uma das estratégias adotadas pelo estado para prevenir casos de suicídio. Desde 2019, uma lei estadual tornou obrigatória a notificação de violência nas áreas de saúde, educação, assistência social e conselhos tutelares. Assim, as escolas e outros órgãos podem alertar o sistema de saúde sobre casos suspeitos, permitindo um acompanhamento mais próximo e preventivo.

Em entrevista ao EStúdio 360, Edleusa Cupertino ressalta que, uma vez que uma notificação é feita, a equipe de saúde verifica o histórico do paciente e, se necessário, inicia o tratamento imediatamente. Essa abordagem proativa visa garantir que as pessoas em risco recebam o suporte necessário antes que a situação se agrave.

Rede de apoio e assistência no Espírito Santo

O Sistema Único de Saúde (SUS) é a porta de entrada principal para quem precisa de ajuda. Contudo, mesmo que a pessoa não esteja vinculada a uma unidade básica de saúde, é importante que ela procure ajuda onde se sentir confortável. Além disso, a rede de assistência social, conselhos tutelares e o setor de educação estão preparados para identificar e encaminhar casos de ideação suicida.

Por fim, Cupertino destacou a importância da colaboração entre diferentes setores da sociedade na identificação e atendimento de casos de violência e suicídio. Quanto mais cedo essas vítimas forem identificadas e atendidas, maiores as chances de sucesso na prevenção.

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