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População em situação de rua registra aumento na Grande Vitória

São problemas ligados ao desemprego, à desigualdade social, à desestruturação familiar e ao uso de drogas e álcool que fazem esse número aumentar

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O número de pessoas vivendo nas ruas da Grande Vitória aumentou, de acordo com os últimos dados das prefeituras de 2023. Em Vila Velha, são 442 pessoas em situação de rua, na Serra são 942 e em Cariacica, 252 pessoas. Vitória não divulga a quantidade, afirmando que o número muda constantemente. A professora e presidente da Sociedade Brasileira de Bioética, Elda Bussinguer, explica que o aumento da população em situação de rua é uma questão multifatorial.

De acordo com ela, são problemas ligados ao desemprego, à desigualdade social, à desestruturação familiar e ao uso de drogas e álcool. Esses fatores estão associados à falta de acolhimento por parte das famílias e do Estado.

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A carência de políticas públicas adequadas é um dos principais problemas. Com uma constituição que garante o direito à moradia, não é aceitável ver esse número crescente de pessoas nas ruas. Esses números representam famílias vivendo em condições indignas.

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Ela destacou que essas pessoas são invisíveis para muitos até se tornarem um incômodo. “Só percebemos essas pessoas quando estão na porta de nossas casas ou estabelecimentos, causando desconforto.”

Necessidade de acolhimento

A professora defende que essas pessoas não precisam apenas de caridade, mas de uma sociedade sensível e de um poder público eficiente. “Precisamos de lugares onde essas pessoas possam ser acolhidas, onde possam dormir, tomar banho e se alimentar com dignidade,” disse.

Além disso, a professora ressaltou a importância da qualidade no atendimento a essas pessoas, especialmente aquelas que fazem uso de drogas e álcool. “O atendimento deve ser eficiente e eficaz, tratando essas pessoas como seres humanos dignos de direitos,” afirmou.

Desafios e soluções

A questão das pessoas em situação de rua não é exclusiva de uma cidade, mas da região metropolitana como um todo. “Essas pessoas transitam entre os municípios. É um problema integrado que deve ser tratado de forma conjunta,” destacou.

As prefeituras muitas vezes alegam que as pessoas em situação de rua não querem ir para abrigos. A professora refuta essa ideia, afirmando que é uma justificativa para a ineficácia das políticas públicas. “Ninguém escolhe viver nas ruas por liberdade. Todos desejam uma casa, um banho quente, uma comida na mesa e uma família,” disse ela.

Soluções Políticas

Bussinger sugere a ocupação de prédios desocupados como uma possível solução para abrigar a população em situação de rua. “Temos muitos prédios e moradias desocupadas que poderiam ser utilizados para abrigar essas pessoas,” propôs. Ela acredita que é uma questão de vontade política e de implementação de políticas públicas eficientes de distribuição de renda, trabalho e moradia.

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