TV Capixaba
Novembrinho Azul: campanha alerta sobre a conscientização da criptorquidia
Novembrinho Azul aborda temas como criptorquidia e torção testicular, reforçando a importância da prevenção desde a infância
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) inovou neste ano com o Novembrinho Azul, uma ampliação do tradicional Novembro Azul. A nova iniciativa destaca a saúde masculina desde a infância, abordando temas como a criptorquidia e a torção testicular, além de incentivar hábitos preventivos que beneficiem a vida adulta.
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Em entrevista ao EStúdio 360, o urologista pediátrico Rodrigo Lessa, membro do Departamento de Urologia Pediátrica da SBU, explicou a importância de incluir meninos no debate sobre saúde masculina. Segundo ele, criar uma cultura de cuidados desde cedo é essencial para evitar problemas futuros, como infertilidade e aumento do risco de câncer testicular.
Criptorquidia: diagnóstico e tratamento precoce são essenciais
A criptorquidia, também conhecida como testículos não descidos, ocorre quando o órgão não alcança a bolsa testicular até o nascimento. De acordo com o Dr. Rodrigo Lessa, o problema pode ter origem em fatores hormonais ou em prematuridade, mas ainda não há uma causa específica identificada.
“O diagnóstico geralmente ocorre ainda na maternidade, durante o exame inicial feito pelo pediatra”, destacou o médico. Contudo, casos tratados tardiamente podem acarretar consequências sérias. O ideal, segundo ele, é realizar o acompanhamento até os seis meses de vida, já que o testículo pode descer espontaneamente nesse período. Se isso não ocorrer, a cirurgia deve ser feita até o primeiro ano de vida para minimizar riscos.
Torção testicular: urgência médica que pode salvar vidas
Outra condição destacada pela campanha é a torção testicular, que afeta principalmente adolescentes. Durante a entrevista, o especialista explicou que o problema ocorre quando o testículo gira em torno do próprio eixo, interrompendo o fluxo sanguíneo. “Se o diagnóstico e o tratamento não forem rápidos, há risco de necrose e perda do órgão”, alertou.
Os principais sintomas incluem dor súbita e intensa, aumento e endurecimento do testículo, além de náuseas e vômitos. O tratamento é sempre cirúrgico, e o tempo entre o início dos sintomas e a intervenção é crucial para o sucesso do procedimento.
Vacinação contra o HPV protege meninos e meninas
A campanha também reforça a importância da vacinação contra o HPV, infecção sexualmente transmissível que afeta cerca de 90% dos homens ao longo da vida. Segundo o Dr. Rodrigo Lessa, o HPV está associado a diferentes tipos de câncer, como os de pênis, orofaringe e ânus.
“A vacina é recomendada para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, antes do início da vida sexual”, enfatizou. Além de proteger contra o vírus, a imunização reduz sua circulação na população, beneficiando a saúde coletiva.
Prevenção deve começar cedo
Durante o programa, o urologista destacou a importância de os meninos manterem acompanhamento médico desde a infância. Ele explicou que, enquanto as meninas costumam visitar o ginecologista na adolescência, os meninos raramente consultam um urologista, criando uma lacuna nos cuidados de saúde masculina.
“Precisamos incentivar uma cultura preventiva que comece na infância e se mantenha ao longo da vida”, concluiu. O Novembrinho Azul reforça essa mensagem, buscando conscientizar a população sobre a relevância dos cuidados precoces com a saúde masculina.
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