Hospital do ES testa tecnologia para reduzir colesterol em pacientes

Pacientes do Hospital Evangélico de Vila Velha estão participando de uma pesquisa que testa o uso de tecnologia para reduzir o colesterol ruim. Coordenada pelo Hospital Albert Einstein de São Paulo, a pesquisa utiliza um aparelho portátil para coletar sangue e fornecer resultados em apenas 7 minutos. Os resultados são transferidos para um aplicativo no celular do paciente, que passa a receber notificações diárias para lembrar de tomar o remédio que reduz o colesterol. O médico cardiologista responsável pela pesquisa no hospital, José Airton Arruda, explica que o objetivo é tratar e diminuir o colesterol LDL, conhecido como colesterol ruim.

Como funciona?

A pesquisa seleciona pacientes com LDL acima de 70, especialmente aqueles que já tiveram infarto, AVC ou oclusão de artérias. A pesquisa é aberta a maiores de 18 anos que atendam aos critérios estabelecidos.

São divididos em dois grupos: um recebe atendimento tradicional e outro é assistido por um aplicativo com inteligência artificial. Este aplicativo lembra o paciente sobre a medicação, consultas e exames, auxiliando no controle terapêutico.

O Espírito Santo deve randomizar cerca de 100 pacientes, com mais de 40 já inscritos. A pesquisa dura um ano de coleta e mais um ano de monitoramento. Durante esse período, os pacientes serão constantemente acompanhados para verificar se a tecnologia ajuda a reduzir o número de AVCs, infartos e outras complicações.

Inteligência artificial

O médico destaca a importância da inteligência artificial no controle do colesterol. Ela não irá substituir o médico, mas será um grande auxiliar no diagnóstico e controle terapêutico. A pesquisa, que já está beneficiando muitos pacientes, busca comprovar se o uso dessa tecnologia realmente impacta positivamente a saúde dos participantes.

Relevância

Dr. Arruda enfatiza que mais de 600 mil pessoas morrem anualmente no Brasil devido a infarto e AVC, sendo a principal causa de óbitos. A pesquisa visa não só controlar o colesterol, mas também diminuir esses índices alarmantes.

Para aqueles com histórico familiar de doenças cardiovasculares, a revisão periódica é ainda mais crucial. “A herança genética tem um peso significativo. Portanto, é importante buscar atendimento médico cedo”, conclui Dr. Arruda, destacando a relevância da prevenção e do tratamento contínuo.

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