A internet oferece uma plataforma para compartilhar momentos e opiniões, mas há limites que precisam ser respeitados, especialmente quando se trata de privacidade e ética no ambiente de trabalho. Recentemente, uma garçonete nos Estados Unidos postou um vídeo de um cliente jantando com uma boneca inflável. O fato, além de inusitado, levantou questões sobre a exposição indevida de pessoas e empresas nas redes sociais. O advogado Victor Passos Costa explica como orientar os colaboradores.
A funcionária responsável pelo vídeo foi demitida, ilustrando como a exposição de clientes ou colegas de trabalho pode trazer sérias repercussões. O advogado Vitor Passos Costa destaca que a internet não é uma “terra sem lei” e que atos imprudentes podem resultar em demissão por justa causa. As empresas precisam estabelecer limites claros para o uso das redes sociais por seus colaboradores, prevenindo problemas semelhantes.
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Muitas empresas já adotam regimentos internos que definem claramente o que pode ou não ser feito em termos de publicações nas redes sociais. Esses regulamentos não só ajudam a prevenir situações embaraçosas como também facilitam a aplicação de punições quando necessário. Além disso, mesmo na ausência de um regimento, a legislação trabalhista protege as empresas contra ações prejudiciais dos funcionários.
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Privacidade e direito
Ao entrar em um estabelecimento comercial, os clientes têm uma expectativa de privacidade que deve ser respeitada. A publicação não autorizada de vídeos ou fotos pode quebrar essa confiança e levar a processos judiciais. As empresas são responsáveis pelo comportamento de seus empregados e podem ser processadas por atos impróprios cometidos por eles. Portanto, é crucial que os funcionários sejam orientados sobre os limites do que pode ser compartilhado online.
Redes Sociais
Embora a maioria dos processos por danos morais de conteúdo ofensivo seja direcionada a quem publicou o material, há casos onde é necessário acionar as plataformas de redes sociais para remover conteúdos prejudiciais. Os responsáveis por Facebook, Instagram, TikTok e outras plataformas podem ser pressionados judicialmente para tirar do ar vídeos e imagens ofensivas, especialmente quando envolvem questões de privacidade e dignidade.
As empresas devem investir em educação e treinamento de seus colaboradores sobre o uso responsável das redes sociais. Palestras e workshops podem ajudar a conscientizar os funcionários sobre os riscos e responsabilidades associados às postagens online. Além disso, criar um regimento interno robusto que inclua punições claras para violações pode ajudar a prevenir futuros incidentes.
Punições
Quando ocorre uma violação, a empresa deve agir rapidamente para mostrar que não tolera esse tipo de comportamento. A punição exemplar de funcionários que desrespeitam as regras de privacidade pode servir como uma forma de defesa para a empresa em eventuais processos judiciais. A ação correta não só protege a imagem da empresa como também reforça a importância de seguir as normas estabelecidas.
Bom Senso
Apesar das regras e leis, o bom senso é fundamental para evitar problemas nas redes sociais. A orientação de usar o bom senso nas postagens deve ser uma constante. Se os funcionários considerarem as possíveis consequências de suas ações online, muitos problemas podem ser evitados.
A falta de bom senso pode variar de pessoa para pessoa, por isso é essencial que as empresas forneçam diretrizes claras e formação contínua. A combinação de bom senso, educação e regimentos internos pode criar um ambiente de trabalho mais seguro e respeitoso para todos.