TV Capixaba
Espírito Santo registra aumento nos casos de sífilis congênita
Até julho, 451 casos de sífilis congênita foram notificados no Espírito Santo, preocupando a Secretaria de Estado da Saúde sobre o impacto em mães e bebês
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Espírito Santo está em alerta devido ao aumento nos casos de sífilis congênita, uma grave infecção transmitida de mãe para filho durante a gestação. Segundo dados divulgados até o final de julho, 451 casos já foram notificados no estado. Este número, entretanto, não inclui as gestantes com sífilis adquirida ou os casos de sífilis entre adultos.
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A sífilis congênita ocorre quando a doença não é tratada corretamente durante a gestação, podendo causar abortos, mortes fetais ou graves sequelas nos recém-nascidos. De acordo com informações da Coordenação Estadual de IST/AIDS, as consequências para os bebês são graves e, muitas vezes, irreversíveis.
Exames e prevenção no pré-natal
Para prevenir a transmissão da sífilis para o bebê, é fundamental que as gestantes realizem os exames de rotina durante o pré-natal. O teste de sífilis é um dos exames obrigatórios, sendo realizado pelo menos duas vezes ao longo da gestação. Além disso, todas as maternidades, sejam públicas ou privadas, também devem realizar o teste nas gestantes.
Em entrevista ao EStúdio 360, a médica da Sesa Bettina Moulin, explica que não basta realizar o teste; é necessário seguir o tratamento completo. O tratamento padrão envolve a aplicação de penicilina, e, para que a gestante seja completamente curada, o parceiro sexual também deve ser tratado. Isso evita que a infecção seja transmitida novamente para a mãe e, consequentemente, para o bebê.
Tratamento completo é essencial
O tratamento da sífilis inclui três doses de penicilina, aplicadas uma vez por semana. Caso a gestante receba apenas uma ou duas doses, o risco de reinfecção persiste. Além disso, o parceiro da gestante deve realizar o tratamento simultaneamente, uma vez que a reinfecção pode ocorrer se ele não for tratado.
De acordo com a médica da Sesa, a maioria das pessoas com sífilis não apresenta sintomas, o que dificulta o diagnóstico precoce. O teste rápido, oferecido em todas as unidades básicas de saúde, pode identificar a doença em cerca de 30 minutos, facilitando o início do tratamento.
Sífilis em idosos e população em geral
Além do aumento dos casos em gestantes e recém-nascidos, outro grupo afetado pela sífilis são os idosos. Nos últimos anos, o número de diagnósticos em pessoas da terceira idade também aumentou, especialmente entre aqueles que mantêm uma vida sexual ativa. A falta de uso de preservativos é um dos fatores que contribuem para a disseminação da doença entre os idosos.
O uso de preservativos continua sendo uma das principais formas de prevenção contra a sífilis. Segundo a Sesa, a doença pode ser transmitida por contato sexual e, em casos raros, pelo contato com sangue infectado. No entanto, as medidas de segurança em bancos de sangue praticamente eliminam esse tipo de transmissão no Brasil.
A sífilis congênita tem cura
Apesar das consequências graves, a sífilis é uma doença que pode ser totalmente curada se tratada de forma adequada. A penicilina é o único medicamento eficaz tanto para a mãe quanto para o bebê, sendo de extrema importância seguir todas as etapas do tratamento.
Com o aumento global de casos de sífilis, a recomendação das autoridades de saúde é que todos, independentemente da idade ou da condição, realizem exames periódicos e adotem práticas seguras para prevenir a doença.
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