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Endividamento cai, mas continua alto: 78% das famílias estão endividadas

Com a queda no endividamento das famílias brasileiras, a organização financeira e o controle de gastos se tornam essenciais para evitar inadimplência

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O endividamento das famílias brasileiras caiu pelo segundo mês, mas 78% ainda convivem com dívidas. Foto: Fernanda Côgo

O endividamento das famílias brasileiras caiu pelo segundo mês, mas 78% ainda convivem com dívidas. Foto: Fernanda Côgo

O endividamento das famílias brasileiras caiu pelo segundo mês seguido, segundo dados recentes, refletindo uma maior cautela no uso de crédito. No entanto, 78% das famílias ainda afirmam estar endividadas, o que preocupa economistas. Em entrevista ao Estúdio 360, o economista Antônio Marcos Machado comentou os desafios das famílias brasileiras para manter o controle das finanças em um cenário de alta no custo de vida e juros elevados.

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A diferença entre endividamento e inadimplência, segundo Machado, é essencial para compreender o cenário atual. Ele explica que uma pessoa endividada é aquela que contrai dívidas, como financiamentos ou parcelamentos, mas ainda consegue honrar os pagamentos. Já a inadimplência ocorre quando o consumidor não consegue pagar suas contas em dia, levando a uma situação mais crítica.

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Consumo consciente e planejamento financeiro

Durante a entrevista, Machado ressaltou a importância de se diferenciar entre dívidas boas e ruins. Ele exemplifica que dívidas contraídas para investir em algo que gere retorno, como a compra de um imóvel ou a educação, podem ser positivas a longo prazo. Já as dívidas voltadas para o consumo de itens supérfluos devem ser evitadas, pois não trazem benefícios futuros e podem se tornar um fardo financeiro.

Para evitar a inadimplência, o economista recomenda um “raio-x” financeiro. “Assim como um médico faz exames para entender o organismo, é importante que as famílias façam um diagnóstico completo das suas finanças”, disse Machado. Ele sugere listar todas as despesas mensais e identificar onde é possível cortar custos desnecessários. Esse planejamento permite que a família priorize os gastos essenciais, como alimentação e saúde, sem comprometer sua capacidade de pagamento.

O impacto da economia brasileira nas finanças das famílias

O modelo de crescimento econômico brasileiro, baseado no consumo e endividamento das famílias, também contribui para a situação atual. Machado explica que o governo federal, que também opera com dívidas crescentes, acaba sendo um mau exemplo para as famílias. “Se o governo está endividado e tomando empréstimos com juros altos, muitas pessoas acreditam que podem fazer o mesmo”, comenta.

No entanto, ele alerta que a situação das famílias pode ser ainda mais delicada. “O Brasil possui uma das maiores taxas de juros do mundo, o que torna o crédito caro. Portanto, contrair dívidas desnecessárias pode levar a sérios problemas financeiros”, explicou.

Dicas para reorganizar as finanças

Para quem já está endividado, Machado sugere renegociar dívidas com os credores, priorizando aquelas com os juros mais altos. Além disso, transformar bens que não estão em uso em dinheiro pode ser uma alternativa viável para pagar as contas e evitar a inadimplência. “Monetizar o que você não usa mais é uma forma de aliviar o orçamento”, afirmou.

Ele também destaca a importância de educar a família sobre finanças, incluindo as crianças. “É essencial que todos na casa entendam os limites financeiros e participem das decisões de consumo. Isso cria uma consciência coletiva sobre o valor das coisas”, concluiu.

Em entrevista ao Estúdio 360, Machado enfatizou a importância de se equilibrar entre o desejo de consumo e a necessidade de controle financeiro. Ele defende que consumir de forma consciente, dentro das possibilidades do orçamento, é o melhor caminho para evitar dívidas que possam comprometer o futuro financeiro das famílias.

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