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Cooperativas transformam crianças em líderes comunitários

A iniciativa, presente em escolas públicas, ensina gestão financeira e produção através de atividades práticas, formando cidadãos conscientes

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As cooperativas mirins são um exemplo inspirador de como crianças e adolescentes podem vivenciar o cooperativismo desde cedo. Ao contrário das cooperativas tradicionais focadas em lucro, essas mini cooperativas têm como objetivo a aprendizagem através da produção de itens lúdicos, como biscoitos, chup-chups e sabonetes. Sandra Martins, supervisora de responsabilidade social do Sicoob, explica que o projeto começou há cinco anos e já conta com dez cooperativas mirins no estado.

Esse projeto ensina gestão financeira e de produção, promovendo a prática cooperativa em um ambiente escolar. Essas cooperativas seguem a mesma dinâmica das cooperativas tradicionais, com presidentes mirins, associados e uma estrutura organizada que inclui gestão de produção e vendas.

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O processo de formação dessas cooperativas envolve a fundação formal da cooperativa, com crianças assumindo papéis de liderança e aprendendo sobre vendas e preços. Os alunos participam de feiras de negócios, onde apresentam e vendem seus produtos, ganhando experiência prática valiosa. Essa metodologia, apoiada pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), visa desenvolver o protagonismo e a liderança desde cedo.

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Além disso, as cooperativas mirins realizam assembleias anuais para deliberar sobre as atividades do ano e prestar contas. Os produtos vendidos não geram lucro direto para os alunos; o dinheiro é destinado a projetos escolhidos em conjunto, como doações para asilos ou melhorias na escola. Esse processo democrático ensina os jovens sobre responsabilidade e gestão comunitária.

Parceria

A parceria com as escolas é fundamental para o sucesso das cooperativas mirins. Professores coordenadores recebem treinamento específico para guiar os alunos na metodologia cooperativa. As atividades ocorrem no contraturno escolar, permitindo que os alunos aprendam sem interferir na carga horária regular.

Os produtos criados pelas cooperativas mirins refletem as necessidades e características de suas comunidades. Em regiões com abundância de frutas, por exemplo, os alunos produzem chup-chups para evitar o desperdício. Em áreas com forte influência cultural, como a comunidade pomerana, os alunos produzem biscoitos decorados.

Benefícios

A participação em cooperativas mirins oferece benefícios significativos para os jovens. Eles desenvolvem habilidades de trabalho em equipe, aprendem a importância da responsabilidade social e se tornam mais conscientes das necessidades de suas comunidades. Sandra destaca que esses jovens passam a olhar para sua comunidade com novos olhos, desejando realizar ações sociais além do ambiente escolar.

Recentemente, uma cooperativa mirim organizou uma ação para enviar material escolar e cartas de apoio para crianças no Rio Grande do Sul, mostrando a extensão do impacto dessas iniciativas. Essas experiências ajudam a formar cidadãos mais conscientes e comprometidos com o bem-estar de suas comunidades.

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