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Conscientização sobre o autismo gera mudanças no tratamento

A conscientização crescente sobre o autismo no Brasil tem gerado mudanças significativas na abordagem terapêutica e educacional, mas ainda há desafios a serem superados

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Um em cada 36 brasileiros tem o transtorno do espectro autista, totalizando cerca de 6 milhões de pessoas diagnosticadas no país, segundo o IBGE. A conscientização sobre o transtorno tem impulsionado mudanças na abordagem terapêutica e educacional. No entanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir que todos recebam tratamentos adequados. A fonoaudióloga Iully Sant’anna destaca que a precisão dos diagnósticos tem aumentado graças à especialização dos profissionais e à intervenção precoce.

A intervenção precoce é crucial para o desenvolvimento das crianças autistas. Segundo Iully, muitas vezes, os pais só descobrem que são autistas na fase adulta, o que pode ser libertador e fazer sentido para muitas dificuldades enfrentadas durante a vida.

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A falta de profissionais capacitados é um desafio significativo. Há uma escassez de terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos especializados, especialmente em regiões afastadas dos grandes centros.

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Desafios

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte, mas há limitações. A fila para atendimento com neuropediatras é longa, e a intervenção precoce muitas vezes não acontece dentro da janela cognitiva ideal. A intervenção precoce é essencial para que a criança se torne um adulto independente. Iully enfatiza que o autismo não tem cura, mas pode ser tratado.

A inclusão é fundamental, não apenas nas escolas, mas também no mercado de trabalho. É necessário entender as questões sensoriais dos autistas e acolhê-los na sociedade. A intervenção precoce reduz o impacto do autismo, ajudando as crianças na área comportamental e de comunicação, tornando-as mais independentes.

Muitos adultos autistas diagnosticados recentemente não querem que seus filhos passem pelas mesmas dificuldades que enfrentaram. A conscientização sobre o autismo está crescendo, mas ainda há muito a ser feito para garantir que todas as pessoas autistas recebam o tratamento e a inclusão que merecem. A capacitação de profissionais e a melhoria dos serviços de saúde pública são passos essenciais nesse processo.

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