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Aluguel: inadimplência é a menor do ano no país. Entenda

A inadimplência de aluguéis caiu para 3% em agosto, menor índice de 2024, impulsionada pela baixa taxa de desemprego e queda do IGPM

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Fabiano Braun explica que o mercado de aluguéis registra a menor taxa de inadimplência do ano, com apenas 3% em agosto. Foto: Freepik

Fabiano Braun explica que o mercado de aluguéis registra a menor taxa de inadimplência do ano, com apenas 3% em agosto. Foto: Freepik

A inadimplência de aluguéis residenciais e comerciais no Brasil registrou uma queda significativa em agosto de 2024, atingindo apenas 3%, o menor percentual do ano. Os dados foram obtidos através de um monitoramento que abrangeu cerca de 800 mil imóveis. O levantamento mostra que os aluguéis de imóveis residenciais com valores entre R$ 2.000 e R$ 3.000 concentram o maior número de pagamentos em dia, enquanto os imóveis com aluguéis acima de R$ 13.000 apresentaram o maior índice de inadimplência.

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Em entrevista ao Estúdio 360, o especialista em investimentos Fabiano Braun explicou que esse resultado positivo está relacionado a diversos fatores econômicos e comportamentais.

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Economia impulsiona queda da inadimplência

Segundo Fabiano Braun , o cenário atual de inadimplência está diretamente ligado à queda da taxa de desemprego no país. “Estamos vivenciando a menor taxa de desemprego em dez anos”, afirmou o especialista. Com mais pessoas empregadas, o pagamento do aluguel se tornou uma prioridade para os brasileiros, sendo visto como um dos compromissos financeiros mais importantes, ao lado dos gastos com alimentação.

Além disso, a redução do Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), conhecido como o índice de reajuste dos aluguéis, tem ajudado a estabilizar os valores pagos pelos locatários. Durante o auge da pandemia, em 2021, o IGPM chegou a atingir 23%. Em agosto de 2024, esse índice caiu para 4%, uma queda expressiva que alivia o peso dos reajustes sobre os inquilinos.

Geração Z impulsiona mercado de aluguel

Outra tendência observada é o aumento no número de jovens que preferem alugar imóveis em vez de comprar. “A geração Z está menos interessada em adquirir imóveis e mais propensa a alugar”, disse Fabiano Braun . Segundo ele, isso ocorre porque os jovens valorizam a mobilidade e a flexibilidade, buscando estar menos comprometidos financeiramente com um local fixo.

Essa mudança de comportamento também reflete o atual cenário de oportunidades profissionais, onde muitos jovens priorizam mudanças de cidade ou país em busca de crescimento na carreira. Nesse contexto, o aluguel se torna uma escolha lógica para manter a flexibilidade.

Fundos imobiliários oferecem novas opções de investimento

Mesmo com a crescente preferência pelo aluguel, o mercado imobiliário continua relevante como forma de diversificação de investimentos. Braun destacou que, embora a geração anterior tivesse como lema “quem investe em terra não erra”, hoje há mais opções no mercado financeiro, como os fundos imobiliários. “Com os fundos imobiliários, o investidor pode ter uma parte de um imóvel sem precisar adquiri-lo diretamente, o que dá maior flexibilidade e liquidez”, explicou.

Esses fundos permitem que o investidor resgate parte do valor investido conforme necessário, algo que não seria possível com um imóvel físico, onde a venda de uma fração do bem é inviável.

Durante a entrevista ao Estúdio 360, Fabiano Braun destacou que, apesar dessas novas formas de investimento, imóveis em cidades como Vitória continuam a se valorizar, mantendo-se como uma boa opção de diversificação. “O mercado imobiliário em Vitória tem mostrado um potencial de valorização significativo, o que ainda torna o investimento em imóveis uma estratégia atrativa”, concluiu.

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