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Solidariedade

Mãos Ativas: projeto transforma vidas com cursos profissionalizantes no ES

Iniciativa da Igreja Batista na Praia do Morro oferece capacitação em áreas como beleza e artesanato, ajudando a comunidade de Guarapari a superar desafios financeiros pós-pandemia

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Curso de crochê. Foto: Aldileia Moraes

Curso de manicure e pedicure. Foto: Aldileia Moraes

A pandemia trouxe muitos desafios, especialmente para pequenas cidades como Guarapari, onde a falta de indústrias e oportunidades de trabalho tornou a crise ainda mais evidente. Nesse contexto, o projeto Mãos Ativas, criado pelo Ministério de Ação Social da Igreja Batista na Praia do Morro (IBPM), surgiu como uma solução prática e acessível para ajudar a população a recuperar sua renda.

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Segundo Aldileia de Jesus Barcelos Moraes, líder do ministério, a ideia surgiu após perceberem a dificuldade financeira de muitas famílias na região. “Nós nos reunimos com a equipe da igreja e decidimos implementar o projeto para oferecer cursos profissionalizantes acessíveis à comunidade”, explica.

O Mãos Ativas oferece uma variedade de cursos voltados para áreas com alta demanda no mercado local. Os primeiros cursos implementados foram de barbearia, auxiliar de salão, maquiagem, manicure e depilação, escolhidos por serem profissões que exigem baixo investimento inicial. Com o passar do tempo, o projeto expandiu para incluir cursos de corte e costura, crochê, pintura em tecidos e culinária sem glúten, todos escolhidos com base nas necessidades e interesses da comunidade.

A formação em rede social para empreendedores também têm ganhado destaque, ajudando os participantes a divulgar seus produtos e serviços de forma eficaz no ambiente digital. Em 2023, os cursos mais procurados foram corte e costura, pintura em tecidos e redes sociais, mostrando a diversidade de interesses entre os alunos.

O impacto do Mãos Ativas é notável, com diversas histórias de sucesso. Um dos casos mais marcantes é o de Paulo Garcia, que, após concluir o curso de barbearia, conseguiu uma ampla clientela e hoje é um profissional de destaque na Praia do Morro. Outro exemplo é Lívia Moraes, que fez o curso de auxiliar de salão e, logo depois, foi contratada por um salão local. Embora tenha se mudado para o Rio de Janeiro, a formação recebida em Guarapari foi fundamental para sua inserção no mercado de trabalho.

Além disso, Kelly Vieira, que inicialmente participou do curso de crochê, conseguiu ampliar suas habilidades ao combinar técnicas de pintura em tecido. Hoje, ela não só vende seus produtos, como também ministra o curso de pintura no projeto. “Me sinto muito realizada ao ver a Kelly ensinando o que aprendeu conosco”, comenta Aldileia, orgulhosa do sucesso de sua aluna.

Como todo projeto social, o Mãos Ativas enfrenta desafios significativos. Um dos principais obstáculos foi a escolha de instrutores capacitados, que, além de dominar a técnica, soubessem ensinar de forma eficaz. “Nem todo profissional que domina uma técnica consegue passar o conhecimento de forma clara”, comenta Aldileia. Apesar disso, a equipe conseguiu reunir instrutores de alta qualidade, o que garantiu o sucesso dos cursos.

Outro desafio foi a aquisição de equipamentos, especialmente para o curso de corte e costura. Sem recursos próprios, a igreja organizou bazares e contou com doações para comprar o maquinário necessário. Com o tempo, o esforço coletivo deu frutos, permitindo a continuidade das atividades.

Embora o projeto tenha sido iniciado na Praia do Morro, sua influência se estendeu para além dos limites da comunidade local. Pessoas de regiões como Aeroporto, Portal e Camurugi também participaram dos cursos, aumentando o alcance do Mãos Ativas e consolidando o projeto como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento social em Guarapari.

Saiba como se inscrever no projeto “Mãos Ativas”

As inscrições para os cursos do projeto Mãos Ativas geralmente acontecem no início do ano. Os interessados podem se dirigir à secretaria da Igreja Batista na Praia do Morro (IBPM) para realizar a matrícula. O custo da inscrição é de R$ 30, valor que garante um lanche durante o curso. 

No entanto, a equipe do projeto entende que nem todos têm condições de pagar essa taxa. Portanto, para aqueles que não podem arcar com o valor, a boa notícia é que a participação no curso é gratuita. Assim, todos têm a oportunidade de se qualificar e melhorar suas perspectivas profissionais.


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