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Solidariedade

Aprender Cultura: projeto social oferece oficinas em Flexal II

O Instituto Aprender Cultura trabalha com a formação e capacitação de crianças, adolescentes e jovens para o mercado de trabalho e para a vida

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A arte transforma vidas e pode mudar completamente o futuro de crianças e adolescentes. Apesar de não ser considerado um setor essencial aos olhos do poder público, a cultura é fundamental para despertar a sensibilidade e o instinto criativo do indivíduo. A arte nos faz vislumbrar saídas, incentiva o imaginário, proporciona descobertas pessoais, seja por meio do audiovisual, do teatro ou da dança.

É indiscutível o potencial cultural existente nas periferias. Iniciativas de incentivo à arte e à cultura nesses lugares são fontes de criatividade e talento, além de impulsionar novas manifestações. E com a sensibilidade desse olhar, o Miquéias Gonçalvez, o Mique, 32 anos, buscou trabalhar a cultura e o esporte como forma de desenvolvimento comunitário no bairro Flexal II, em Cariacica.

INÍCIO DO INSTITUTO

O Instituto Aprender Cultura está próximo de completar 10 anos. Mique lembra que o projeto teve início com aulas de skate para as crianças do bairro. E a iniciativa do jovem foi abraçada pela mãe, que cedeu o terraço da casa onde moravam para se tornar a sede do instituto. Por muito anos, esse foi o espaço palco de oficinas de audiovisual, áudio, vídeo, grafite, rima e tantas outras. Foi durante a pandemia do coronavírus que o projeto ganhou um novo endereço.

“Já nos primeiros anos, muitas pessoas abraçaram essa ideia. Vieram voluntários e muitos acreditaram. Ainda no primeiro ano, conseguimos ser contemplados por um edital de reforma do espaço. Na época, eram R$ 20 mil. Já no terceiro ano, vimos que éramos muito bons em escrever projetos para editais, fomos contemplados por cinco ou seis. Isso alavancou muito o Instituto Aprender Cultura. E recentemente, criamos a start up ACT, que é direcionada para o audiovisual”, conta Mique.

 

OFICINAS

Atualmente, o Instituto Aprender Cultura trabalha com a formação e capacitação de crianças, adolescentes e jovens para o mercado de trabalho e para a vida. A ideia é tornar esses pequenos seres humanos mais conscientes e sensíveis, tanto nas relações pessoais quanto na comunidade. E com garra e coragem, os voluntários chegaram a atender em média 300 crianças, adolescentes e jovens antes da pandemia do coronavírus.

E a pandemia foi um marco também para o projeto social. Mesmo diante da dificuldade, o presidente do instituto não deixou de sonhar alto e vislumbrar um futuro melhorar para esses meninos. Usando a arte e audiovisual a seu favor, conseguiu levar a sede do projeto para um novo espaço na avenida Nossa Senhora da Penha, no bairro Flexal II. Em troca de serviços de audiovisual e social mídia, o proprietário cedeu o espaço.

PERMITIR QUE ELAS SONHEM

“É por meio do Instituto Aprender Cultura que eu posso dar asas aos sonhos dessas crianças. Um dia eu fui uma dessas crianças. Eu tive quem acreditasse em mim, meus pais sempre estiveram ao meu lado e lutaram pela minha educação. No entanto, muitas dessas crianças muitas vezes não tem nada, não tem o mínimo para sobrevivência. Poder dar a elas asas para sonhar e fazê-las acreditarem no potencial que elas têm, é gratificante para mim”, desabafa.

Ele conta ainda que uma das alunas de audiovisual vem de uma família de extrema pobreza. Que muitas vezes se depara com a dispensa vazia. E é por meio das oficinas realizadas pelo projeto que ela se permite acreditar em um futuro melhor. E a menina sonha alto. Ela quer mesmo trabalhar em Hollywood, nos Estados Unidos. É essa garra e força dos adolescentes para batalhar por dias melhores, que move o Mique.

Atualmente, 80 crianças, adolescentes e jovens fazem parte das oficinas de capoeiras, audiovisual e futebol. A ideia é expandir ainda mais para abraçar toda a comunidade. Mique revela que, mesmo diante das dificuldades financeiras, o projeto visa trabalhar com cinco pilares: empreendedorismo feminino; formar novos líderes; inclusão social; geração de renda e inserção no mercado de trabalho; e assistência social e psicológica.

COMO AJUDAR

Nesse momento, o Instituto Aprender Cultura conta com o apoio financeira da ACT, start up criada pelo projeto, que desenvolve e comercializa trabalhos de audiovisual e social mídia. Apenas de aluguel e energia, a despesa soma R$ 1,3 mil. Você pode ajudar esse projeto a se manter doando por meio do PIX 41.273.288/0001-55 ou PicPay @iacflex. Também tem uma vaquinha online aberta no link.