fbpx

Política

MP pede prorrogação de afastamento de prefeita de Kennedy

Amanda Quinta foi afastada do cargo e presa por suspeitas de fazer parte de um esquema de direcionamento licitatório em favor de empresas

Publicado

em

Amanda Quinta Presidente Kennedy

Uma mochila com R$ 33 mil foi encontrada na casa de Amanda Quinta durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão. Foto: Operação Rubi/MPES

O Ministério Público do Espírito Santo pediu à Justiça a prorrogação do afastamento da prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta. No requerimento, o órgão afirma que ela manteve controle político-administrativo sobre a prefeitura mesmo no período em que esteve presa neste ano. A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Presidente Kennedy, mas as ligações não foram atendidas.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Segundo o Ministério Público do Espírito Santo, Amanda Quinta recebeu servidoras da prefeitura no presídio. As funcionárias teriam se apresentado no presídio como advogadas. No entanto, a Promotoria de Justiça argumenta que elas colaboravam com a prefeita afastada para contornar a determinação de afastamento da função pública e ajudar no controle político-administrativo do município.

Amanda Quinta foi afastada do cargo e presa por suspeitas de fazer parte de um esquema de direcionamento licitatório em favor de pessoas jurídicas contratadas, pagamento de vantagem indevida a agentes públicos e superfaturamento de contratos administrativos, segundo o Ministério Público do Espírito Santo.

A prefeita afastada foi presa no dia 8 de maio. Segundo a Promotoria de Justiça, ela recebia uma mochila com R$ 33 mil no momento da prisão. A quantia seria entregue por um empresário, na casa da própria prefeita.

Amanda Quinta foi presa no âmbito da Operação Rubi, que tem como objetivo desarticular e colher provas relativas à atuação de uma organização criminosa constituída para lesar os cofres públicos dos municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Jaguaré e Piúma.

As apurações iniciais da Operação Rubi apontam que os contratos de limpeza urbana e de transporte público com evidências contundentes de superfaturamento somam mais de R$ 150 milhões, quando analisado o período de 2013 a 2018. A maior parte desse montante, R$ 105,7 milhões, é referente a contratos firmados entre quatro empresas investigadas e a Prefeitura de Presidente Kennedy.

Na denúncia feita à Justiça, o MPES requer a condenação dos denunciados pelos crimes de organização criminosa, crime de responsabilidade de prefeito, corrupção passiva e ativa e falsidade documental, além da indisponibilidade dos bens dos denunciados, entre outros pedidos.