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Política

Mandetta ‘cruzou a linha da bola’, diz Mourão

No domingo, o ministro da Saúde disse ao Fantástico que o brasileiro não sabe se escuta ministro ou presidente no combate ao coronavírus

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O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira (14) que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, “cruzou a linha da bola”, “fez falta” e “merecia um cartão” ao afirmar em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, no domingo (12), que a população não sabe se deve acreditar nele ou no presidete Jair Bolsonaro no que diz respeito ao isolamento social contra o coronavírus.

A fala de Mourão ocorreu durante uma live produzida pelo jornal Estadão em suas redes sociais que tratava sobre a crise provocada pelo do vírus. “(Mandetta) não precisava ter dito determinadas coisas”, disse o vice-presidente em entrevista aos jornalistas.

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Ao Fantástico, Mandetta Mandetta, pediu para que as pessoas mantenham o isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus e, em recado ao presidente Jair Bolsonaro, cobrou uma “fala única” sobre o problema para não confundir a população.

“Eu espero que essa validação dos diferentes modelos de enfrentamento dessa situação possa ser comum e que a gente possa ter uma fala única. Isso leva para o brasileiro uma dubiedade. Ele não sabe se escuta o ministro da Saúde, o presidente”, disse Mandetta.

Entre interlocutores do Palácio do Planalto, o posicionamento do ministro foi visto como uma provocação ao presidente.

Aos jornalistas, nesta terça, Mourão não considerou o posicionamento de Mandetta como “insubbordinado” e afirmou ser contra a sua substituição.

“Não digo que Mandetta foi insubordinado até porque estamos na vida civil. Apesar dele ter sido oficial do Exército, tenente médico, a vida seguiu diferente. As nuances na política são distintas da caserna. (…) Existe muito tititi, mas julgo que o presidente não deve mudar ministro nesse momento. Cabe mais uma conversa ali, chamar ele e dizer para eles acertarem a passada, para que as coisas sejam discutidas intramuros e não via imprensa”, disse Mourão