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Maria Blaia supera traumas e cria metodologia para ajudar outras mulheres

Psicoterapeuta capixaba supera infância marcada por pobreza e abusos, rompe ciclos de dor e cria metodologia que une fé cristã e autoconhecimento para ajudar outras mulheres

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Da infância marcada por traumas à liderança em cura emocional, Maria Blaia transforma histórias de dor em legados de resiliência e autoconhecimento para mulheres. Foto: Arquivo Pessoal

Da infância marcada por traumas à liderança em cura emocional, Maria Blaia transforma histórias de dor em legados de resiliência e autoconhecimento para mulheres. Foto: Arquivo Pessoal

Aos 32 anos, Maria Blaia carrega nas palavras a força de quem transformou cicatrizes em ferramentas de cura. Psicoterapeuta, mentora de mulheres e palestrante, sua história pessoal — marcada por perdas, pobreza e violência — é um testemunho de resiliência que ecoa especialmente no Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março. Em entrevista, Maria compartilha como sua trajetória de superação a levou a se tornar referência em saúde emocional para milhares de mulheres.

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Nascida no Espírito Santo, Maria enfrentou desde cedo os desafios da escassez. Aos 7 anos, perdeu o pai, deixando a mãe viúva com dez filhos para criar. “Dormíamos em esteiras, faltava comida, estudo e até atenção”, relembra. Na adolescência, somaram-se a essa realidade abusos emocionais, exploração infantil e relacionamentos tóxicos que perpetuaram seus traumas.

O gatilho para a mudança veio com a maternidade. Ao olhar para a filha, Maria percebeu que repetia padrões destrutivos: “Sangraram feridas em cima de mim, e agora eu estava sangrando em cima dela”. Decidiu, então, buscar autoconhecimento e fortalecer sua fé cristã — decisão que redefiniu seu propósito de vida.

Em meio à pressão social e violência doméstica, Maria aponta a autocobrança e a dificuldade em estabelecer limites como problemas críticos. Além disso, destaca que muitas mulheres desconhecem como traumas infantis afetam decisões adultas.

Maria Blaia. Foto: Arquivo Pessoal

Maria Blaia. Foto: Arquivo Pessoal

Maria uniu sua formação em Psicoterapia e Coaching a princípios bíblicos para criar uma metodologia única. “A verdadeira transformação começa com a restauração de dentro para fora: espírito, alma e corpo”, explica. Seu curso “Mentoria Identidade” combina estratégias práticas de cura emocional com reflexões espirituais, ajudando mulheres a romperem com traumas e recuperarem sua essência.

“O adulto pisa no solo da criança. Se essa base está frágil, tudo desmorona”, diz, referindo-se à importância de confrontar feridas da infância. Sua abordagem já impactou mais de 3 mil mulheres, segundo registros de seu site, incluindo histórias como a de Fabiana, pedagoga de 47 anos que resgatou sua autenticidade após décadas vivendo sob expectativas alheias.

No contexto do Dia Internacional das Mulheres, Maria destaca desafios urgentes:

  • Pressão social e padrões irreais de beleza
  • Violência doméstica e marcas de relacionamentos abusivos
  • Dificuldade em estabelecer limites e a culpa crônica

“Muitas mulheres ainda vivem ‘sobrevivendo’, não vivendo de verdade. Restaurar a identidade é devolver a elas o direito de existir além dos papéis de mãe, esposa ou profissional”, reflete.

Um dos pilares de seu trabalho é capacitar participantes do curso a se tornarem mentoras. “É um ciclo de cura que se expande: cada mulher curada estende a mão à outra”, explica. Esse modelo já formou mais de 500 mentoras, que replicam o método em comunidades país afora.

Mensagem para o 8 de Março: “Você não está sozinha”

Às mulheres que ainda hesitam em recomeçar, Maria deixa um recado emocionado: “Suas dores são válidas, mas não precisam ser eternas. Recomeçar é dar novos significados ao passado. Você é mais forte do que imagina — e não está só”.

Maria planeja lançar cursos online, parcerias com instituições e eventos nacionais, sempre guiada por sua crença: “Meu propósito é levar cada mulher ao seu próprio propósito”. Seus projetos refletem um ideal maior: construir uma sociedade onde nenhuma mulher precise carregar suas feridas em silêncio.

Saiba mais!

O curso “Restaurando a Minha Identidade” e depoimentos como o de Fabiana estão disponíveis nesse link. Além disso, você pode acompanhar mais conteúdos pelas redes sociais da Maria Blaia que é @maria.blaia.oficial.

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