Homem de 55 anos conclui Ensino Médio após vencer o analfabetismo

Em três anos, Armando passou do analfabetismo à conquista do diploma do Ensino Médio. Foto: Divulgação

Em 2022, Armando José da Silva, então com 52 anos, não sabia ler nem escrever. Nesta sexta-feira (29), três anos depois, ele comemora a conclusão do Ensino Médio na Escola Estadual Graça Aranha, em Santa Maria de Jetibá. Aos 55 anos, o diploma não é apenas um papel: é a conquista de uma vida inteira de espera.

Armando se matriculou no Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos (NEEJA) em agosto de 2022. Ali começou o processo de alfabetização que se transformou em uma trajetória de superação. A metodologia semipresencial, que combina a plataforma CECIERJ com materiais impressos, permitiu que ele avançasse em todas as etapas da Educação Básica.

Além do conteúdo escolar, Armando desenvolveu habilidades como disciplina, resiliência e organização. Conciliar estudo, trabalho e responsabilidades pessoais exigiu esforço, mas ele contou com o apoio contínuo dos professores para não desistir.

Apoio que fez diferença

Segundo a pedagoga do NEEJA, Monica Soares de Oliveira, o exemplo de Armando reafirma o papel da educação como ferramenta de transformação. “A trajetória de Armando é um testemunho inspirador de que nunca é tarde para aprender. Ele nos mostra, todos os dias, que a educação é capaz de resgatar sonhos e abrir caminhos para uma vida mais digna e cidadã”, disse.

A emoção da conquista

Para Armando, a formatura é a realização de um sonho interrompido na infância. “Voltar a estudar foi um grande desafio, mas também a melhor decisão que tomei. Quando criança, eu era muito doente e não conseguia ir para escola. Hoje me sinto realizado e orgulhoso de mim mesmo. Sei que nunca é tarde para aprender. Foi difícil, mas eu consegui”, afirmou.

Muito além do diploma

A conquista de Armando representa autoestima, esperança e novos horizontes. Mais do que concluir os estudos, ele prova que o NEEJA é um espaço de transformação pessoal e social, onde sonhos são retomados e trajetórias são ressignificadas.

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