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Mulheres assumem lava-jato e faturam R$ 12 mil por mês em VV

As duas lavam em média 16 carros por dia no lava-jato Veleiro

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Elaine e Rosângela são proprietárias de um lava-jato em Itapuã. Foto: Josué de Oliveira

No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta-feira (8), não faltam exemplos de representantes do gênero feminino que superam o machismo e entram no mercado de trabalho em áreas antes apenas dominadas pelos homens.

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Um desses casos é a Rosângela Cassaro. Depois de ficar 22 anos casada, veio a separação. Ela buscou a independência financeira e abriu seu próprio lava-jato.

Atuar em uma atividade sempre exercida pelo gênero masculino foi desafiador, mas nem por isso desistiu de tentar. Ela aproveitou que já gostava de lavar os carros dos vizinhos e do ex-marido para ganhar dinheiro com isso. 

Antes, no entanto, trabalhou em um posto de gasolina. Mas o estabelecimento fechou e ela se viu diante de um novo projeto de vida.

Convidou a amiga Elaine Teixeira, 35 anos, para abrir uma sociedade. Alugou o espaço e, motivada, preparou todo o terreno para abrir o empreendimento.

Elaine, que era vendedora, a princípio achou estranha a proposta, mas logo abraçou a ideia.  “Hoje tudo que eu sei foi ela que me ensinou. Eu não sabia nada de como lavar um carro”. A parceria já dura 13 anos.

Hoje o lava-jato Veleiro, que funciona em Itapuã, caiu no gosto dos moradores da região. Atualmente, as duas, com a ajuda de mais um funcionário, lavam até 16 automóveis por dia. Por mês, elas chegam a faturar uma média de R$ 12 mil. Com esse recurso elas pagam R$ 5 mil de aluguel do ponto e ainda pagam as outras despesas. 

Rosângela conta que é com esse dinheiro que conseguiu comprar carro e sua casa própria. “Além disso, ajudei a pagar as despesas da faculdade de Direito do meu filho”, contou satisfeita.

E o cuidado e a dedicação com os carros são os diferenciais da dupla. “A mulher é muito mais cuidadosa. Antes de entregar o carro a gente fez uma vistoria completa para que o cliente fique satisfeito e volte sempre”.

Rosângela contou que no início a maioria dos clientes eram homens. Hoje, as mulheres é que mais levam os carros para a lavagem.

“Elas vinham com os maridos. Ficavam esperando e observavam o nosso trabalho. Hoje elas já estão vindo sozinhas. Ficam mais à vontade com a gente”, declarou.

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