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Outubro Rosa: câncer de mama também afeta cães e gatos

Dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) apontam que entre 45% e 50% das cadelas predispostas a neoplasias desenvolvem câncer de mama

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Cachorra com câncer de mama

Cachorra com câncer de mama. Foto: FreePik

Assim como acontece com os humanos, cães e gatos também podem ser vítimas de câncer de mama. O mês de outubro, marcado pela campanha Outubro Rosa, reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa doença. O alerta, no entanto, não se restringe apenas às mulheres. O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito Santo (CRMV-ES) lembra que o acompanhamento veterinário é fundamental para garantir a saúde dos animais.

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Dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) apontam que entre 45% e 50% das cadelas predispostas a neoplasias desenvolvem a doença. Já entre as gatas, essa porcentagem varia entre 20% e 30%. A veterinária Mayara Coutinho, especialista em oncologia, destaca a importância de os tutores ficarem atentos a sinais como pequenos nódulos nas mamas. “A palpação regular das mamas é uma forma eficaz de detectar formações que podem, no início, ser do tamanho de grãos de arroz”, explica.

Ainda segundo Mayara, o diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento. Embora nem todos os nódulos sejam malignos, é essencial que o animal passe por avaliação veterinária assim que forem notados. “Alguns tumores podem apresentar malignidade mesmo em estágios iniciais, por isso é importante não ignorar qualquer alteração”, alerta.

A prevenção do câncer de mama em cães e gatos também está diretamente ligada à castração. “A castração realizada antes do primeiro cio reduz drasticamente o risco de desenvolvimento do câncer de mama, com chances de apenas 5%”, afirma a veterinária. Após o primeiro e o segundo cio, o risco sobe para 8%, e, após o terceiro cio, para 23%. No entanto, Mayara ressalta que a castração deve ser bem avaliada, pois, apesar de prevenir o câncer de mama, pode aumentar o risco de outros problemas, como distúrbios hormonais e osteoarticulares.

O diagnóstico definitivo da doença em pets é feito por meio de um exame histopatológico, realizado após a retirada do tumor. “Antes da cirurgia, exames citológicos podem ajudar a confirmar a origem do tumor, especialmente em gatas, que apresentam uma taxa de malignidade muito alta, em torno de 95%”, explica a especialista. Nas cadelas, os tumores podem ter tanto componentes benignos quanto malignos, o que torna o exame histopatológico essencial para definir o tratamento adequado.

Quanto ao tratamento, ele pode variar de acordo com o estágio da doença. Em alguns casos, uma mastectomia regional, que envolve a retirada de três mamas, pode ser suficiente. Em outros, a retirada completa de todas as mamas pode ser necessária. “A remoção dos linfonodos regionais é fundamental para uma avaliação precisa da extensão da doença”, orienta Mayara. Além disso, exames complementares, como radiografias e ultrassonografias, são necessários para verificar se há metástases.

A obesidade também é apontada como um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama em pets. “Manter o peso ideal do animal e garantir uma alimentação balanceada são medidas que contribuem para fortalecer o sistema imunológico e prevenir diversas doenças, incluindo o câncer”, reforça a veterinária.

Com o Outubro Rosa Pet, o CRMV-ES espera conscientizar cada vez mais os tutores sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama nos animais, incentivando a realização de consultas veterinárias regulares e a atenção contínua à saúde dos pets.


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