Ação social da Igreja Maranata bate recorde com 14,8 mil atendimentos

Bazar solidário oferece roupas e calçados gratuitos para famílias em situação de vulnerabilidade. Foto: Divulgação

A Igreja Cristã Maranata realizou, no dia 2 de agosto, a maior ação social de sua história recente. O evento, promovido no bairro Boa Vista, na Serra, alcançou 14,8 mil atendimentos e reuniu cerca de 17 mil pessoas ao longo de nove horas de atividades. A mobilização envolveu 702 voluntários, que ofereceram serviços gratuitos nas áreas de saúde, cidadania, assistência social, educação, cultura e lazer.

A edição marcou o quarto evento do tipo promovido pela igreja em 2025 — e superou as realizadas em Cariacica, Vila Velha e Vitória em número de atendimentos. Segundo a coordenação, a data entrou para a memória da instituição pela dimensão do público e pela intensidade das histórias vividas ao longo do dia.

Atendimentos variados e filas constantes

Os serviços foram organizados em setores distribuídos pelo espaço do Maanain de Carapina, que abriu as portas desde cedo para receber a população. Houve atendimento médico em diversas especialidades, incluindo pediatria, ginecologia, cardiologia, psicologia, odontologia e oftalmologia, além de exames preventivos, orientações terapêuticas e entrega de kits odontológicos.

A área de saúde também contou com a participação da Prefeitura da Serra, oferecendo vacinação de rotina, testes rápidos para ISTs e práticas integrativas como terapia comunitária e apoio psicológico especializado.

Além disso, a população teve acesso a atendimento jurídico, orientação sobre direitos do consumidor, apoio para vítimas de violência doméstica, emissão de documentos, corte de cabelo, bazar solidário com roupas e brinquedos, e atividades pedagógicas para crianças. Serviços como o da EDP, Sebrae, Sine, Caixa Econômica e Cesan também estiveram disponíveis para consultas, negociações e esclarecimentos.

 

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Caso emocionante marcou voluntários

Entre milhares de histórias atendidas, uma emocionou especialmente a equipe: um idoso, com a visão comprometida há anos, foi consultado por um oftalmologista voluntário. Durante o atendimento, soube que receberia óculos adequados, o que lhe devolveria a capacidade de enxergar com nitidez. Sem recursos para pagar consultas ou comprar óculos, ele comemorou a oportunidade, relatando que o momento mudaria seu dia a dia.

“Foi uma cena que nos lembrou que cada serviço prestado pode transformar a vida de alguém. Não é só um atendimento, é esperança sendo devolvida”, comentou o coordenador geral da ação, pastor Luiz Fernando.

Voluntário ora com idosas durante atendimento espiritual na ação social da Igreja Cristã Maranata, em Cariacica. Foto: Divulgação

Mobilização e propósito

A ação reuniu voluntários de diversas áreas profissionais, desde médicos e advogados até professores, cabeleireiros e técnicos de serviços públicos. O pastor Josias explicou que a iniciativa é parte de uma visão de igreja que não se limita ao culto, mas atua como agente ativo na comunidade.

“A igreja tem um papel social, e o espírito voluntário dos membros oferece recursos humanos qualificados para atender a população. É uma maneira de expressar o amor de Deus na prática”, disse.

Segundo o pastor Luiz Fernando, o sentimento após a ação é de missão cumprida. “Ver vidas sendo alcançadas, sorrisos sendo compartilhados e necessidades atendidas gera gratidão a Deus. Isso fortalece o nosso compromisso de continuar”, afirmou.

Continuidade e expansão

Com o sucesso na Serra, a Igreja Cristã Maranata já planeja novas edições. A próxima ação está prevista para outubro, com data e cidade ainda a serem definidas. “A meta é ampliar o alcance e levar o mesmo tipo de atendimento a diferentes regiões do estado”, antecipou Luiz Fernando.

Desde o início de 2025, já foram realizadas quatro ações sociais, e a expectativa é encerrar o ano com números ainda mais expressivos. “Cada edição é única, mas a Serra mostrou que a demanda é grande e que o trabalho conjunto de voluntários e parceiros pode gerar resultados concretos para milhares de pessoas”, concluiu o coordenador.

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