Diversão
Museu Vivo da Barra do Jucu celebra 10 anos de cultura e tradição
Organização criada em 2015 elabora e desenvolve projetos para fortalecer a comunidade

O Museu Vivo da Barra do Jucu celebra dez anos de atuação com projetos voltados à preservação da cultura popular. Foto: Divulgação
Há dez anos a comunidade da Barra do Jucu se uniu e criou uma organização para trabalhar em defesa da cultura local, de seus recursos naturais e suas tradições . É o Museu Vivo da Barra do Jucu, uma organização criada em 2015 que elabora e desenvolve projetos para fortalecer a comunidade, resgatar suas tradições culturais e suas memórias.
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E para comemorar esta primeira década de trabalho e muitos projetos desenvolvidos, a entidade está envolvendo a comunidade em dois eventos.
Visita técnica
O primeiro aconteceu neste domingo, 21. Com a participação de mais de 30 representantes dos diversos movimentos e organizações da Barra do Jucu, o Museu Vivo levou a comunidade para uma visita técnica de cultura, meio ambiente e comunidade com a Rede de Desenvolvimento Municipal Piraquê-açu e Piraquê-mirim de Santa Cruz, em Aracruz.
O objetivo foi conhecer as ações e projetos da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piraquê-açu e Piraquê-mirim, um ecossistema de manguezal e restinga semelhante ao do nosso Rio Jucu. O grupo foi acompanhado por técnicos da Rede Santa Cruz de Ecologia (Redescec).
“Um sonho para todos nós que temos tantas memórias afetivas do nosso Rio Jucu, mas que continuamos, ano a ano, vendo-o poluído, descuidado e sem esperanças de que ele renasça limpo e saudável” ressaltou Lena Cogo, da coordenação do Museu Vivo.
Roda de Conversa
O segundo momento das comemorações do Museu vivo acontece no próximo domingo, 27 de setembro. Será uma roda de conversas sobre turismo, cultura e meio ambiente. Para o evento foram convidados o Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Mobilidade, Joel Rangel, a diretora local do Ministério da Cultura (MINC) Nieve Mattos, o ambientalista Hugo Cavaca, e o gestor cultural Sandro Juliati.
O encontro acontece de 8 às 12 h, no Espaço Cultural Tambor de Congo, aberto ao público.
“Precisamos comemorar com a comunidade os avanços conquistados, mas principalmente convidá-la a pensar sobre demandas e desafios que estão postos. Principalmente nas questões ambientais que afetam nossas vidas. O Rio Jucu continua poluído, a reserva de Jacarenema sofre constantes ameaças e nossa cultura enfrenta sempre dificuldades com a falta de apoio e recursos. Tudo isso precisa ser debatido coletivamente”, afirmou Lena Cogo.
História do Museu Vivo da Barra do Jucu
O Museu Vivo da Barra do Jucu tem como lema “Saberes Populares Caminhos do Amanhã”. É uma organização cultural, sem fins lucrativos, criado em 2015 para preservar e incentivar as tradições culturais da comunidade.
A organização surgiu de um movimento cultural chamado Culturada Viral realizado por um grupo de moradores. O intuito era enfrentar o abandono da comunidade pelas instituições públicas e ocupar os espaços com uma agenda cultural, esportiva e ambiental. E assim provocar o resgate do bucolismo local, além de valorizar e fortalecer as manifestações culturais de Vila Velha.
Nestes 10anos muitos projetos foram realizados neste período na comunidade, como a Galeria Livre com obras de artes pintadas nos muros por artistas renomados; o Ponto de Memória que catalogou e publicou em site da entidade as principais manifestações culturais e personagens que marcaram a história da Barra do Jucu; a Culturada Viral Virtual no período da pandemia que envolveu mais de 70 artistas e grupos artísticos; o Núcleo Produtivo que resgatou a renda de bilro e deu origem ao Grupo Barra de Renda que hoje reúne mais de 60 rendeiras.
E ainda os projetos Sagrada Ancestralidade que mapeou as Casas Religiosas de Matriz Africana no município de Vila Velha; Memória do Congo da Barra do Barra do Jucu; o Chora Barra que realizou oficinas musicais com os principais instrumentos que compõem o Chorinho e resgate da memória do musico Francisco Firme, o Seu Chiquinho; e por cinco anos promoveu o Encontro do Folclore com a participação de grupos de todo o Estado.
Serviço
Data: Domingo, 28 de setembro
Roda de Conversa: um debate sobre meio ambiente, turismo e cultura com a participação do ambientalista Hugo Cavaca, do gestor cultural Sandro Juliati, da diretora local do MINC Nieve Mattos e do Secretário de Desenvolvimento de Vila Velha Joel Rangel, com o objetivo de repensar nossa realidade e buscar soluções para a nossa comunidade.
Local: espaço Tambor de Congo / Cantina Nona Menininha (Avenida Ana Penha Barcelos, 205 -Barra do Jucu -Vila Velha ES)
Horário: das 8h às 12h.
Aberto ao público
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