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Diversão

Museu Vale promove 7ª edição do Encontros com a Arte Contemporânea

Evento discute a importância da arte como agente de transformação social nos dias 8 e 9 de outubro, na Ufes

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O evento acontece no Teatro Universitário, na Ufes. Foto: Divulgação

O evento acontece no Teatro Universitário, na Ufes. Foto: Divulgação

O Museu Vale, em seu momento extramuros, e o Instituto Cultural Vale apresentam a 7ª edição do Encontros com a Arte Contemporânea na terça (8) e quarta-feira (9/10), no Teatro Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O evento gratuito tem como tema “Arte como Escultura Social”.

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“O Encontros com a Arte Contemporânea, realizado desde 2017, promove diálogos e cruzamentos entre diferentes disciplinas, sempre conectadas à arte e a cultura na sociedade brasileira contemporânea. O evento busca refletir sobre as diferentes formas de manifestações culturais e suas possíveis consonâncias, com apresentações de participantes das mais variadas áreas”, afirma a diretora do Museu Vale, Claudia Afonso.

A abertura do evento será com o lançamento do catálogo da exposição Folhear, que aconteceu entre os dias 5 de junho e 8 de setembro, nos espaços de preservação da Mata Atlântica, Parque Botânico Vale, em Vitória (ES) e Reserva Natural Vale, em Linhares (ES). Estarão presentes o curador Ronaldo Barbosa e o artista Felipe Barbosa.

Com participantes de diversas áreas do conhecimento, o encontro propõe uma reflexão sobre as possibilidades da arte como agente de transformação social. Fernando Pessoa, professor da Ufes e organizador do evento ao lado de Claudia, reforça: “A arte, por vezes, faz a realidade aparecer com intensidade, promovendo o que é mais elementar à vida: sua origem. Ao destacar o elemento vital, a arte nos desperta do habitual, restitui sentido à existência e pode transformar o ser humano”.

O evento contará com três mesas de conversa, com participarão de profissionais de diferentes áreas como Medicina, Artes Visuais, Audiovisual, Antropologia, Educação, entre outras. Durante toda a programação o público poderá conferir de perto a feira de arte indígena, com representantes dos povos originários Guarani e Tupinikim. O encerramento será com uma batalha de Slam com o grupo Slam Quimera, que utiliza a poesia como ferramenta de transformação social.

A programação é gratuita, aberta ao público e tem classificação livre.

7ª edição do Encontros com a Arte Contemporânea

Data: 8 e 9 de outubro
Local: Teatro Universitário da UFES
Entrada: Gratuita e o credenciamento pode ser feito no local
Classificação: Livre
Abertura – Lançamento do catálogo da exposição Folhear
8 de outubro, das 10h30 às 12h30
Teatro Universitário da Ufes – Vitória, ES

Lançamento do catálogo da exposição Folhear, do casal de artistas Felipe Barbosa e Rosana Ricalde, apresentada pelo Museu Vale, com a presença do curador Ronaldo Barbosa e do artista Felipe Barbosa, para uma conversa sobre o processo de criação e produção das obras, que uniram arte e meio ambiente em espaços de preservação da Mata Atlântica.

Mesa 1 – Andreia Beatriz e Rubiane Maia
8 de outubro, das 14h às 16h
Teatro Universitário da Ufes – Vitória, ES

Sobre as participantes:

Andreia Beatriz

Com graduação em Medicina pela UFCSPA, especialização em Saúde Coletiva pela UESC, e mestrado em Saúde Coletiva pela UEFS, Andreia Beatriz atua na área de Medicina de Família e Comunidade, Atenção Primária em Saúde, saúde e sistema prisional, saúde da população negra e saúde coletiva. É escritora, militante da Organização Reaja ou Será Morta e docente da Universidade Estadual de Feira de Santana e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

Rubiane Maia

Rubiane Maia é uma artista multidisciplinar que vive em Folkestone, Reino Unido. Graduada em Artes Visuais e mestre em Psicologia Institucional pela UFES, seu trabalho é um híbrido entre performance, instalação, escrita e produções audiovisuais. Interessa-se pelo corpo, linguagem, memória e matérias orgânicas, explorando relações de interdependência entre seres humanos e não humanos, considerando a natureza e o meio ambiente em suas obras.

Mesa 2 – Isabelle Vidal Giannini, Bekroiti Xikrín e Bep-kó Xikrín
8 de outubro, das 18h às 20h
Teatro Universitário da Ufes – Vitória, ES.
Projeto Memória Xikrin

O Projeto Memória Xikrin, fruto de uma parceria entre o Instituto Indígena Botiê Xikrin e a Vale, teve início no ano de 2019 com a elaboração de duas publicações: Mẽ-kukrodjo-tum: o conhecimento dos antigos e Benadjuro-tum: homenagem ao chefe Botiê e à história Xikrin e a produção de um filme. Na sequência, a partir do trabalho feito por jovens pesquisadores(as) Xikrín e com o apoio dos anciãos(ãs) Xikrín, em encontros e conversas nas aldeias, o projeto resultou na construção da Plataforma Online Acervo Xikrín e quatro dicionários ilustrados Xikrín-Português, com o propósito de servir de material didático e estímulo para pesquisa de alunos e professores nas escolas da Terra Indígena Xikrín do Cateté.

Sobre os participantes:

Isabelle Vidal Giannini

Bióloga e antropóloga, pesquisou os Xikrín do Kateté. Fundadora do ISA, coordenou projeto de manejo florestal Xikrín nos anos 90. Participou de GTs da Funai para identificação de terras indígenas. Consultora em educação indígena, geração de renda e licenciamento ambiental. Desde 2019, colabora no projeto Memória Xikrín, parceria entre o Instituto Indígena Botiê Xikrín e a Vale.

Bekroiti Xikrín

Indígena Xikrin da aldeia Pykatiokrãi, território Xikrin do Kateté, Parauapebas. Estudante de Letras na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Atua na Coordenação de Língua e Identidade Indígena no departamento de Educação Escolar Indígena da Prefeitura de Parauapebas. Engajado em projetos de valorização cultural e fortalecimento da educação e identidadedo povo Xikrin, contribuindo para a preservação das tradições e o desenvolvimento educacional de sua comunidade.

Bep-kó Xikrín

Indígena Xikrín da aldeia Pykatiokrãi, território Xikrín do Kateté, Parauapebas/PA. Estudante de Licenciatura Intercultural na UEPA. Gerente na Associação Komrê. Atua em projetos de valorização cultural e fortalecimento da identidade do povo Xikrín, contribuindo para a preservação das tradições e o desenvolvimento de sua comunidade.

Mesa 3 – Bárbara Wagner & Benjamin de Burca e Hugo Oliveira
9 de outubro, das 14h às 16h
Teatro Universitário da Ufes – Vitória, ES

Sobre os participantes:

Bárbara Wagner & Benjamin de Burca

Bárbara Wagner e Benjamin de Burca trabalham juntos há mais de uma década, produzindo vídeos e videoinstalações em diálogo com outros artistas. Desenvolveram um método de pesquisa baseado em documentário observação e investigação documental, colaborando com protagonistas na construção de direção, argumento, figurinos e trilhas sonoras. Exibiram em locais como Bienal de Veneza, New Museum e ICA Boston. Suas obras estão em coleções de instituições como MASP, MoMa, Museu Reina Sofia, Inhotim, entre outras.

Hugo Oliveira

Cria do Morro da Providência, Hugo é artista da dança, educador, pesquisador e doutor em Comunicação Social pela UERJ. Atuou em instituições como IPP/ONU-Habitat, Redes da Maré, GRES Portela, CIEDS, IDEBRA, Globo e Firjan, gerenciando programas de educação, dança e desenvolvimento social. Autor de Vem No Mim Que Eu Sou Passinho, é fundador do Bonde do Jack, da Galeria Providência e coordenador do Pré Vestibular Marielle Franco.

Encerramento – Batalha de Slam com Slam Quimera
9 de outubro, das 18h às 20h
Teatro Universitário da Ufes – Vitória, ES.

O Slam Quimera é um movimento cultural nascido em 2021, em Terra Vermelha, Vila Velha (ES), com o objetivo de promover a poesia e a expressão artística de jovens e adultos das periferias. Fundado por Juh D’lyra, o slam busca dar voz a temas sociais como racismo, desigualdade e empoderamento, utilizando a poesia como ferramenta de transformação. Com competições, workshops e mesas redondas, já se apresentou em diversas cidades, consolidando-se como uma plataforma inclusiva para a arte poética contemporânea.


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