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Diversão

Corrida para todos os corpos: respeitar o próprio ritmo é o primeiro passo

Com recorde de inscritos, a 10 Milhas Garoto reforça que cada pessoa pode viver a experiência da corrida à sua maneira.

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Ao cruzar a linha de chegada, Júlia Sipolatti não conteve as lágrimas

Ao cruzar a linha de chegada, Júlia Sipolatti não conteve as lágrimas. Foto: Divulgação

Nem sempre a corrida começa com quilômetros percorridos. Muitas vezes, o desafio está em vencer a vergonha, o medo e as barreiras pessoais. Para milhares de pessoas, correr é descobrir que o próprio corpo — com sua forma, peso ou limitações — é capaz de se mover e evoluir no seu tempo.

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A 10 Milhas Garoto, marcada para 28 de setembro, entre Vitória e Vila Velha, traduz esse espírito. Em sua 34ª edição, a prova de 16 km alcançou um recorde de 17 mil inscritos, revelando a força de uma corrida que se abre para todos.

Superação em primeira pessoa

A empresária e influenciadora capixaba Júlia Sipolatti, de 28 anos, encontrou na corrida um caminho de libertação. “Por muito tempo fiquei afastada do mundo dos esportes, sempre rolava uma vergonha por ser gorda. Mas quando comecei a me movimentar, percebi que o mais importante é focar no próprio corpo e na própria evolução”, conta.

Neste ano, Júlia participa pela segunda vez. Para ela, a corrida é mais que uma prova: é um exercício de coragem. “Às vezes correr 200 metros já é muito. Mas se é mais do que você fazia ontem, já é uma vitória”, afirma.

Preparar também é respeitar

Profissionais reforçam que adaptar treinos e cuidar do corpo faz parte da jornada. O treinador Bruno Daniel Santana explica que cada plano precisa considerar condição física e limites individuais. “O principal é garantir uma progressão segura e motivadora, promovendo autoestima e autoconfiança”, diz.

O fisioterapeuta Thiago Ferraz Barcelos lembra que prevenir lesões é essencial. “Respeitar a adaptação progressiva, fortalecer músculos e monitorar dores são fundamentais”, alerta.

Alimentação como suporte

A preparação também acontece na mesa. A nutricionista Nicolle Gomes Pinto Bonelle ajustou o cardápio de Júlia durante os treinos. “O foco foi garantir energia suficiente, com carboidratos para rendimento e proteínas para recuperação, respeitando a rotina dela”, explica.

Esse cuidado mostra que a corrida vai além da pista: é uma prática que envolve escolhas cotidianas e atenção ao corpo em movimento.

Inspiração coletiva

Para Gisele Pavin, head de Nutrição, Saúde e Bem-Estar da Nestlé, eventos como a 10 Milhas Garoto cumprem um papel social. “Eles inspiram pessoas a se reconectarem com a própria capacidade e com o prazer de se movimentar, independentemente do corpo ou da experiência prévia”, afirma.

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