Dinheiro
Valor ideal é de R$ 45 a hora para motorista de Uber, diz associação
As empresas que administram o serviço de transporte por aplicativo querem pagar R$ 21,22
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Empresas oferecem R$ 21,22 por hora trabalhada para os motoristas. Foto: Chico Guedes
Em meio à polêmica em relação ao pagamento dos que recebem por corrida, o presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo do Espírito Santo (AMAPES), Luiz Fernando Muller, defende que o valor mínimo justo por hora trabalhada para os trabalhadores não pode ser inferior a R$ 45, que é quase o dobro do que é oferecido pelos empresários.
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Entre os próprios profissionais, há quem defenda o valor superior a R$ 70, o que na visão do dirigente não vai trazer benefícios para a categoria.
“É justo? Pode ser por causa dos custos que a gente tem. Mas as operadoras não vão aceitar e vamos acabar tendo prejuízos”, afirmou.
Ouça a entrevista na íntegra:
Na sua avaliação, Muller revela que o ideal seria que o repasse fosse feito por quilômetro rodado e não por hora de trabalho, como propõem as associações que representam os empresários.
“Não queremos o trabalho por hora, mas sim uma tarifa justa por quilômetro rodado. Hoje com esses valores que estão, as operadoras pagam o que querem e cobram do passageiro o que querem”.
Atualmente, a tarifa mínima por corrida é em média R$ 5,50 no Espírito Santo, mas de acordo com o presidente esse valor chega a ser de R$ 4,35 em outros estados. “Nós entendemos que se houver o pagamento de trabalho por hora não vai funcionar”.
Proposta
O Grupo de Trabalho Pleno, composto por 45 membros, encarregado de discutir a regulamentação do trabalho por aplicativo se reuniu na última terça-feira (29) em Brasília. A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), da qual faz parte a Uber, atualizou sua proposta de ganho mínimo para R$21,22 por hora trabalhada. A entidade já havia sugerido, em 14 de agosto, um valor de R$ 15,60 por hora, buscando alinhamento com o salário mínimo nacional.
Em nota, a 99 disse que faz parte de mais de uma entidade setorial, sendo associada tanto ao MID quanto à Amobitec e que concordamos com os termos e valores da proposta apresentada pela Amobitec, no valor de R$ 21,22. “Essa posição tem sido reiterada pelo nosso representante nas recentes reuniões do GT”, informou a empresa em nota.
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