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Dinheiro

Sites de vaquinha ficam com até 13% das doações

Sites funcionam de forma semelhante à vaquinha tradicional, onde várias pessoas se unem e contribuem financeiramente para uma causa específica

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Um homem fazendo conta em uma calculadora com diversos papéis e um computador

Vaquinhas cobram taxa em campanhas. Foto: FreePik

Sites de vaquinha online são uma ótima alternativa para quem deseja reunir fundos em prol de uma causa ou tirar um projeto do papel. Eles funcionam de forma semelhante à vaquinha tradicional, onde várias pessoas se unem e contribuem financeiramente para uma causa específica. Com as plataformas, é possível criar campanhas de financiamento coletivo. Mas você sabia que cada plataforma tem suas próprias taxas sobre as doações e regras para o saque dos valores arrecadados?

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O Vakinha é um dos maiores sites de doações online do país. A propaganda da plataforma é que para abrir a vaquinha online é grátis. As taxas são cobradas apenas quando ocorrem as doações. Cada doação realizada para a sua campanha tem o desconto de 6,4% + R$ 0,50. Elas são descontadas no momento em que a pessoa realiza o saque. Além disso, há uma tarifa de R$ 5,00 quando é realizado o saque da arrecadação para a conta bancária do destinatário.

VAQUINHA TEM ATÉ TAXA DE SAQUE

Segundo a plataforma, os 6,4% incluem as tarifas pagas para as operadoras financeiras – que processam os PIX, boletos e cartões de crédito -, ou seja, o que fica com o Vakinha é menos que isso. Essas taxas são a principal fonte de rendimento da empresa para manter a operação. Uma vez que tem custos com a equipe de atendimento, a estrutura tecnológica, todos os protocolos de segurança (empresas que certificam que seus dados não serão vazados), sem contar os custos fixos da empresa, como água, luz, internet, eletricidade.

“Por muito tempo o Vakinha não cobrou pelo saque solicitado pelos usuários. Porém, quando o processo começou a se tornar cada vez maior, demandando mais segurança e atenção, destacamos uma equipe especialmente para cuidar desta área financeira na empresa. A equipe trabalha ativamente analisando doações, contatando doadores e realizando todo o processo de saque para garantir que ele ocorra sem problemas”, pontuou a plataforma.

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O Vakinha explica ainda que todo o processo tem um custo. A taxa do saque ajuda a manter a equipe ativa para garantir a segurança das arrecadações. Estamos trabalhando para reduzir essa taxa, mas garantindo toda segurança que oferecemos atualmente.

Já o Catarse, outra plataforma, cobra 13%, independentemente de qual seja o valor arrecadado e os 87% restantes ficarão disponíveis para saque após o fim do prazo da arrecadação. Esse valor inclui tanto a taxa do Catarse, para operação e manutenção da plataforma, como a taxa do meio de pagamento que processa as transações financeiras no site e a taxa do sistema de segurança antifraudes.

COMO SURGIU O VAKINHA?

A plataforma surgiu em 2006, no casamento de Luiz Felipe Gheller, um dos fundadores. Ele casou com a irmã de outro fundador do Vakinha, Fabrício, e no momento do casamento eles não queriam presentes físicos, como geladeira, fogão, afinal, iam se mudar para fora do Brasil. Estavam buscando meios de transformar esses presentes que o pessoal geralmente dá em dinheiro.

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Em janeiro de 2009, o Vakinha foi lançado com uma proposta muito simples: levar a prática de fazer uma vaquinha para a internet. “Lançamos sem ter nenhuma outra plataforma para copiar. Nem o Kickstarter havia surgido ainda. Depois dele é que o termo “crowdfunding” se popularizou.”, conta Felipe.

No início, as vaquinhas seguiam a ideia original de Gheller, sendo feitas por pessoas que queriam dinheiro para casar ou realizar confraternizações com os amigos. Mas, depois de cerca de quatro anos, o segmento de causas emergenciais começou a adotar o site como principal plataforma de captação de recursos. Hoje, pessoas criam suas campanhas no site para financiar sonhos, seja para um tratamento médico, para resgatar pets ou para realizar uma viagem para fora ao ganhar uma bolsa de estudos.

CAMPANHA RIO GRANDE DO SUL

A equipe do Vakinha tem cerca de 60 pessoas, e apenas quatro não residem em Porto Alegre ou na região metropolitana da cidade. O time todo foi impactado pela enchente no Rio Grande do Sul. O prédio da empresa foi inundado e precisaram de barco para resgatar alguns funcionários. A equipe está desfalcada, com alguns sem água e sem luz. No entanto, desde o início das inundações, pedidos de doação pelo site Vakinha têm sido divulgados nas redes sociais. A principal delas, criada em parceria com o humorista Badin Colono e o programa de rádio Pretinho Básico, já arrecadou mais de R$ 60 milhões para auxiliar as vítimas das chuvas no estado.


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